Herança do Gugu: Justiça de SP reabre ação sobre união estável de apresentador com Thiago Salvático
O desembargador Galdino Toledo Júnior determinou o retorno dos autos à primeira instância para que a família do apresentador possa ser citada no processo e responder ao recurso apresentado
Redação Exame
Publicado em 23 de junho de 2023 às 20h50.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) reverteu nesta sexta-feira, 23, a decisão que anulava a ação em que ochef de cozinha Thiago Salvático pedia o reconhecimento de união estável com o apresentador Gugu Liberato , que morreu em novembro de 2019 aos 60 anos.
O desembargadorGaldino Toledo Júnior determinou o retorno dos autos à primeira instância para que a família do apresentador possa ser citada no processo e responder ao recurso apresentado. A mudança foi publicada no Diário Justiça Eletrônico. O desembargador também encaminhou a suspeição da ação para análise da Câmara Especial do Tribunal, uma vez que Thiago questionou a conduta do magistrado.
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O pedido de união estávelfoi negado pela Justiça em janeiro de 2023. O juiz José Walter Chacon Cardoso, da 9ª Vara da Família e Sucessões de São Paulo, extinguiu a ação “sem exame de mérito”.
Thiago Salvático declarou em 15 de dezembro do ano passado que teve uma união estável com o apresentador de novembro de 2016 a 21 de novembro de 2019. A defesa do chef anexou mais de 100 páginas com fotos, conversas e momentos que os dois teriam vivido juntos em viagens.
Disputa pela herança do Gugu
Na terça-feira, 20, oSupremo Tribunal de Justiça ( STJ ) validou o testamento deixado pelo apresentador Gugu Liberato. No documento, o apresentador deixou 75% de seu patrimônio para os três filhos e 25% para os sobrinhos. A mãe dos filhos de Gugu não foi incluída no texto original.
A decisão do STJ ocorre em meio ao processo de reconhecimento de união estável movido por Rose Miriam, mãe dos filhos de Gugu, e em andamento na 9ª Vara de Família e Sucessões do foro Central de São Paulo. Na quarta-feira, 21, uma audiência ocorreu, sem desfecho. O processo corre em segredo de justiça.
O que diz o testamento do Gugu?
Após a morte do apresentador, em 2019, os familiares se reuniram para ler o testamento que Gugu fez em 2011. No documento, ele não reconheceu Rose Miriam como companheiro e nomeou a irmã, Aparecida Liberato, como quem deveria cuidar da divisão dos bens.
Segundo o desejo do comunicador, 75% do patrimônio avaliado em R$ 1 bilhão seria direcionado aos três filhos (R$ 750 milhões) e 25% restantes para os cinco sobrinhos (250 milhões). A mãe, Dona Maria do Céu, deveria receber uma pensão vitalícia de R$ 163 mil.
Rose decidiu entrar na justiça e solicitar o reconhecimento da união estável entre os dois. Caso o processo termine de forma positiva para a mãe dos filhos de Gugu, ela terá direito a metade da herança do apresentador. Os outros 50% serão divididos entre os três filhos.
Em reportagem sobre o caso no "Fantástico", em fevereiro de 2020, a mãe de Gugu, dona Maria do Céu, de 90 anos, afirmou que Rose Miriam e Gugu nunca tiveram uma relação. Carlos Regina e Dilermando Cigagna, advogados da família Liberato, validaram a declaração de Maria do Céu e garantiram que não havia união estável entre Rose e Gugu.
Na mesma reportagem, Nelson Wilians, advogado de Rose, rebateu a colocação e reforçou que sua cliente era "a mulher, a esposa, a companheira" de Gugu.
Qual é o patrimônio do Gugu
Um dos maiores salários da TV brasileira, Gugu Liberato acumulou um patrimônio que pode chegar a R$ 1 bilhão. De acordo com levantamento do Estadão, o apresentado era dono de diversos imóveis, estúdio de TV, investimentos em bancos e terrenos.
- Casa de Orlando, nos Estados Unidos, com cinco suítes, piscina e jardim amplo (avaliada em R$ 6,7 milhões);
- Residência no Guarujá, no litoral paulista, com quatro suítes e seis banheiros (R$ 7 milhões);
- Mansão em condomínio fechado nos arredores de São Paulo, com fachada inspirada na arquitetura da Casa Branca (R$ 15 milhões)
- Complexo de estúdios de TV localizado em um terreno de 8.500 metros quadrados (R$ 60 milhões)
Aplicações em bancos do Brasil (R$ 190 milhões) - Participação em postos de gasolina, loja de conveniência e loteamento
- Aplicação em bolsa de valores