Greve de atores de Hollywood chega ao fim com acordo entre sindicato e estúdios
Foram 118 dias totais de paralisação, a mais longa na história da indústria do entretenimento
Repórter da Home
Publicado em 8 de novembro de 2023 às 22h28.
Última atualização em 8 de novembro de 2023 às 22h36.
Depois de longas negociações entre o SAG-AFTRA, sindicado de atores de Hollywood, e a AMPTP, organização formada pelos chefes de grandes estúdios de cinema e televisão, chegaram a um acordo para o fim da greve nesta quarta-feira, 8.
A paralisação dos atores se encerra oficialmente nesta quinta-feira, 9 de novembro, segundo um comunicado do SAG-AFTRA em suas redes sociais. Foram 118 dias totais de paralisação, a mais longa na história do cinema e da TV.
O acordo foi aprovado por unanimidade pelo comitê de negociação do SAG-AFTRA, informou a Variety. As empresas e os representantes da categoria passaram os últimos dias definindo os termos do acordo e as condições, especialmente no uso da Inteligência Artificial nas produções de filmes e séries.
Neste ano, a indústria de Hollywood também foi impactada pela greve de roteiristas. A partir de maio, o WGA, sindicato dos roteiristas, promoveu uma paralisação das atividades da categoria, que durou 148 dias e terminou no final de agosto.
Como a greve começou?
O protesto começou no dia 13 de julho pelo sindicato dos atores norte-americanos SAG-AFTRA (formado em 2012 após uma fusão entre o Screen Actors Guild e a Federação Americana de Artistas de Televisão e Rádio), depois do fim das negociações com a AMPTP (Aliança de Produtores do Cinema e Televisão), que representa os chefes dos estúdios.
O SAG-AFTRA conta com 160 mil membros: atores de filmes e séries, além de artistas de videogame, apresentadores de rádio, modelos e influenciadores do YouTube.
Os profissionais reivindicavam melhores condições de trabalho, melhor remuneração pela exibição de seus filmes e séries nas plataformas de streaming e a regulamentação do uso de Inteligência Artificial nos sets.
Por outro lado, a greve do SAG-AFTRA estava relacionado à qualquer trabalho feito sob contratos de TV e teatro do sindicato. Ao longo da paralisação, os atores não puderam trabalhar em grandes filmes ou roteiros de televisão - seja em rede, cabo ou serviços de streaming - ou promover qualquer um de seus filmes ou programas de televisão que se enquadram nesses contratos.