Tecnologia de RFID moderniza empresa
Tecnologia que permite identificar e rastrear objetos muda gestão de estoques na fábrica de uniformes Leal
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2016 às 17h31.
Fabricante de equipamentos de proteção individual (EPI), roupas de proteção contra arco elétrico e uniformes, a Leal Indústria e Comércio tinha um problema sério para resolver. Como saber, diante de uma gama enorme de produtos, quantos e quais estavam estocados em seus três centros de distribuição. Até o ano passado, a empresa nunca havia feito um inventário completo do estoque. Quando necessário, realizava uma contagem manual em algumas linhas e sempre encontrava erros.
Muitas vezes algumas peças eram dadas como vendidas – ou pior, perdidas – e, tempos depois, encontradas em alguma prateleira. “Nossa produção é bastante diversificada: vai de roupa funcional para funcionários de concessionárias elétricas a luvas de açougueiro e cintos paraquedistas usados na manutenção da rede elétrica”, afirma Adailton Siqueira, gerente de sistemas da Leal. “Temos pallets com oito tipos de produtos e isso dificulta muito o controle.”
Em dezembro do ano passado, na tentativa de rastrear os produtos dentro da empresa, a Leal decidiu investir em um projeto de Radio Frequency Identification (RFID), tecnologia que permite identificar e rastrear objetos por meio de sinais de radiofrequência emitidos por etiquetas eletrônicas (ou chips ) e captados por leitores.
A Leal implantou a tecnologia em fases, por linha de produto. Dividiu o projeto em três pilares: software, etiquetas e equipamento de leitura. “O software recebe as informações das etiquetas e as envia para o ERP”, diz Siqueira, referindo-se ao sistema de gestão empresarial. “Essa integração entre os dois sistemas, que pensei ser a etapa mais complicada, foi a mais simples”, afirma. O mais difícil, segundo Siqueira, foi encontrar as etiquetas certas para cada linha. Foram feitos alguns testes até chegar à escolha correta.
No início do projeto, a Leal fez um teste com sua linha de luvas isolantes. “Levamos três horas para fazer a contagem manual de 5 mil itens”, afirma Siqueira. “Com o RFID, foram necessários apenas 15 minutos para contar 20 mil itens.” A contagem manual ainda apresentou erros, enquanto a do RFID foi precisa. “Além de produtividade, ganhamos confiança nos inventários”, diz.
Outro benefício da tecnologia está no fato de que cada etiqueta eletrônica carrega o número de série do produto. “Se houver 50 mil luvas em estoque, teremos 50 mil números de série diferentes para saber onde cada uma está posicionada”, diz Siqueira. Assim, se a mesma etiqueta for passada no leitor duas ou 100 vezes, a contagem continuará exata, porque o leitor contabilizará apenas um produto.
Nas etapas seguintes à implantação, outras vantagens foram descobertas. “A ideia era usar a tecnologia apenas no produto pronto, mas, quando vimos seu potencial, decidimos expandir para toda a operação”, afirma Siqueira.
Agora, a identificação por radiofrequência está presente também nas fábricas da Leal. O RFID rastreia e controla a utilização de matéria-prima e otimiza o estoque. Ninguém precisa avisar que está na hora de comprar determinado insumo porque essa informação vai automaticamente para o ERP.
O próximo passo é fazer um portal móvel de leitura que possa identificar todos os produtos de um pallet de uma única vez. Em breve, a empresa deve expandir os benefícios do sistema de identificação para que os clientes também façam o rastreamento automático dos produtos, com informações sobre data de validade e de manutenção preventiva.
A Leal trabalha com equipamentos de segurança e sabe que alguns tipos de uniforme não podem ser usados por dois dias consecutivos, por exemplo. “Com a etiqueta, quando o profissional passar pelo portal de leitura, imediatamente a empresa vai saber se ele está descumprindo essa regra, coisa que dificilmente conseguiria controlar”, afirma Siqueira.
Renata Rampim, consultora e especialista em RFID, afirma que, assim como a Leal, muitas outras empresas vêm descobrindo outras funcionalidades da tecnologia RFID que não tinham considerado quando começaram a analisar o retorno sobre investimento (ROI) do projeto. “Elas procuram RFID porque precisam de uma solução rápida e confiável para fazer a contagem de produtos, mas acabam encontrando muito mais benefícios”, diz.
Renata começou a trabalhar com RFID em 2007. De lá para cá, testemunhou uma transformação nessa tecnologia. O custo despencou. “Hoje, é possível comprar etiquetas a 0,05 centavo de real. Há quatro anos, custavam 0,55 centavo, em média”, afirma Renata. Outra revolução aconteceu na eficiência da leitura de dados. “Desde 2012, com a chegada de novos chips e versões de leitores, outras aplicações foram descobertas”, diz ela. Para embalagens úmidas, por exemplo, a tecnologia era ineficiente. Agora isso não é mais um problema.
Fabricante de equipamentos de proteção individual (EPI), roupas de proteção contra arco elétrico e uniformes, a Leal Indústria e Comércio tinha um problema sério para resolver. Como saber, diante de uma gama enorme de produtos, quantos e quais estavam estocados em seus três centros de distribuição. Até o ano passado, a empresa nunca havia feito um inventário completo do estoque. Quando necessário, realizava uma contagem manual em algumas linhas e sempre encontrava erros.
Muitas vezes algumas peças eram dadas como vendidas – ou pior, perdidas – e, tempos depois, encontradas em alguma prateleira. “Nossa produção é bastante diversificada: vai de roupa funcional para funcionários de concessionárias elétricas a luvas de açougueiro e cintos paraquedistas usados na manutenção da rede elétrica”, afirma Adailton Siqueira, gerente de sistemas da Leal. “Temos pallets com oito tipos de produtos e isso dificulta muito o controle.”
Em dezembro do ano passado, na tentativa de rastrear os produtos dentro da empresa, a Leal decidiu investir em um projeto de Radio Frequency Identification (RFID), tecnologia que permite identificar e rastrear objetos por meio de sinais de radiofrequência emitidos por etiquetas eletrônicas (ou chips ) e captados por leitores.
A Leal implantou a tecnologia em fases, por linha de produto. Dividiu o projeto em três pilares: software, etiquetas e equipamento de leitura. “O software recebe as informações das etiquetas e as envia para o ERP”, diz Siqueira, referindo-se ao sistema de gestão empresarial. “Essa integração entre os dois sistemas, que pensei ser a etapa mais complicada, foi a mais simples”, afirma. O mais difícil, segundo Siqueira, foi encontrar as etiquetas certas para cada linha. Foram feitos alguns testes até chegar à escolha correta.
No início do projeto, a Leal fez um teste com sua linha de luvas isolantes. “Levamos três horas para fazer a contagem manual de 5 mil itens”, afirma Siqueira. “Com o RFID, foram necessários apenas 15 minutos para contar 20 mil itens.” A contagem manual ainda apresentou erros, enquanto a do RFID foi precisa. “Além de produtividade, ganhamos confiança nos inventários”, diz.
Outro benefício da tecnologia está no fato de que cada etiqueta eletrônica carrega o número de série do produto. “Se houver 50 mil luvas em estoque, teremos 50 mil números de série diferentes para saber onde cada uma está posicionada”, diz Siqueira. Assim, se a mesma etiqueta for passada no leitor duas ou 100 vezes, a contagem continuará exata, porque o leitor contabilizará apenas um produto.
Nas etapas seguintes à implantação, outras vantagens foram descobertas. “A ideia era usar a tecnologia apenas no produto pronto, mas, quando vimos seu potencial, decidimos expandir para toda a operação”, afirma Siqueira.
Agora, a identificação por radiofrequência está presente também nas fábricas da Leal. O RFID rastreia e controla a utilização de matéria-prima e otimiza o estoque. Ninguém precisa avisar que está na hora de comprar determinado insumo porque essa informação vai automaticamente para o ERP.
O próximo passo é fazer um portal móvel de leitura que possa identificar todos os produtos de um pallet de uma única vez. Em breve, a empresa deve expandir os benefícios do sistema de identificação para que os clientes também façam o rastreamento automático dos produtos, com informações sobre data de validade e de manutenção preventiva.
A Leal trabalha com equipamentos de segurança e sabe que alguns tipos de uniforme não podem ser usados por dois dias consecutivos, por exemplo. “Com a etiqueta, quando o profissional passar pelo portal de leitura, imediatamente a empresa vai saber se ele está descumprindo essa regra, coisa que dificilmente conseguiria controlar”, afirma Siqueira.
Renata Rampim, consultora e especialista em RFID, afirma que, assim como a Leal, muitas outras empresas vêm descobrindo outras funcionalidades da tecnologia RFID que não tinham considerado quando começaram a analisar o retorno sobre investimento (ROI) do projeto. “Elas procuram RFID porque precisam de uma solução rápida e confiável para fazer a contagem de produtos, mas acabam encontrando muito mais benefícios”, diz.
Renata começou a trabalhar com RFID em 2007. De lá para cá, testemunhou uma transformação nessa tecnologia. O custo despencou. “Hoje, é possível comprar etiquetas a 0,05 centavo de real. Há quatro anos, custavam 0,55 centavo, em média”, afirma Renata. Outra revolução aconteceu na eficiência da leitura de dados. “Desde 2012, com a chegada de novos chips e versões de leitores, outras aplicações foram descobertas”, diz ela. Para embalagens úmidas, por exemplo, a tecnologia era ineficiente. Agora isso não é mais um problema.