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1. boo-box: apoio dos amigos certos fez a diferença
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Fruto de madrugadas de programação, a boo-box nasceu em 2006 como um projeto paralelo de Marco Gomes, que na época trabalhava para uma grande agência de publicidade digital em Brasília. A plataforma que permitia colocar anúncios relevantes em conteúdos de mídias sociais, como blogs, foi mantida no início com recursos próprios e com a ajuda de parcerias “estratégicas”. “Tive a ajuda de bons amigos, uma mão de obra super qualificada e praticamente gratuita”, conta.
Em 2007 a boo-box ficou famoso ao aparecer no badalado blog de tecnologia TechCrunch. Logo a jovem startup recebia 300 mil dólares de investimento do fundo de capital de risco Monashees Capital. Foi o impulso necessário para a empresa começar a decolar, embora a operação tenha se mantido enxuta nos anos seguintes.
“Passamos dois anos testando o mercado. No primeiro ano éramos seis pessoas em uma sala de 30 metros quadrados”, conta Gomes. Os esforços compensaram: neste ano, a companhia finalmente atingiu seu ponto de equilíbrio e recebeu uma nova rodada de investimento da Monashees em parceria com a Intel Capital – desta vez um montante bem mais substancial.
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2. Biruta Mídias Mirabolantes: do banheiro ao primeiro milhão
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A agência de inovação em marketing Biruta Mídias Mirabolantes nasceu em 1997, quando a agência de propaganda aérea para qual Alan James - então estudante de mecânica - trabalhava fechou as portas. “Fizemos uma proposta para ficar com os ativos e abrimos uma nova empresa”, conta.
Mas a empreitada não decolou logo de cara. Durante cinco anos, a empresa fechava todos os anos no zero a zero. Foi somente em 2003, quando entrou para a incubadora Iniciativa Jovem, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, que a Biruta finalmente entrou nos eixos.
“Começamos dentro de um banheiro, que era a única área que eles tinham disponível na casa”, lembra James. Em apenas quatro meses, a empresa faturava seu primeiro milhão. Os dias de banheiro ficaram para trás e hoje a empresa atende clientes do porte de Antártica, Banco do Brasil e Carrefour.
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3. Buscapé: dos R$ 400 aos R$ 342 milhões
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O site de comparação de preços Buscapé nasceu no ano 1999 com um investimento modesto: 400 reais mensais tirados do bolso do bolso do então estudante de engenharia elétrica Romero Rodrigues e três colegas, para manter o site no ar. Para que o projeto decolasse, foi preciso vencer a desconfiança dos varejistas, que não tinham interesse em abrir seus preços para serem comparados na internet.
Mas em pouco tempo o site cairia nas graças dos consumidores online e se tronaria uma das principais portas de entrada para o comércio eletrônico no País. Dez anos mais tarde, os quatro fundadores venderam 91% das ações do negócio por nada menos que 342 milhões de dólares. A empresa se tornou o maior site de comparação de preços da América Latina, com mais de 65 milhões de acessos mensais.
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4. Predicta: aprendendo com os erros
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A Predicta é uma sobrevivente da era da bolha das pontocom. Fundada em 2000 com 80 mil reais, levantados com a ajuda de amigos e parentes, a empresa teve que aprender a se adaptar logo de cara. A ideia inicial dos fundadores do negócio era vender ingressos de cinema, shows e peças de teatro pela internet.
A base do negócio seria publicidade online, mas o estágio de desenvolvimento do mercado na época não permitiu que ele vingasse. Os três sócios do projeto procuraram uma empresa que pudesse fornecer os anúncios para o site e medir o seu retorno, mas não conseguiram encontrar. Foi assim que eles decidiram mudar os rumos do negócio e apostar na análise de publicidade online. “O nosso fracasso inicial possibilitou enxergar uma necessidade de mercado”, conta Phillip Klien, um dos sócios da empresa.
O sucesso não foi imediato - “vivemos 3 anos com salário suficiente para sobreviver”, conta Klein – mas, depois de uma década de trabalho árduo e amadurecimento, a empresa deve encerrar este ano com 22 milhões de reais de faturamento e atuação em toda a América Latina.
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5. Videolog: o precursor brasileiro do You Tube
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Nada irrita mais o radialista Edson Mackeenzy (à esquerda na foto, com o sócio Ariel Alexandre) do que chamar seu VideoLog de “cópia do YouTube”. A reclamação é justa, afinal de contas o serviço brasileiro nasceu antes do célebre concorrente norte-americano. A ferramenta foi criada em maio de 2004, da necessidade que Mackenzie, então dono de uma produtora, tinha de compartilhar conteúdos com clientes para aprovação de forma mais rápida. “Tínhamos que gravar o material em DVD e mandar pelo correio, o que não era nada prático”.
A plataforma nasceu de forma despretensiosa - “a princípio gastamos apenas 2 reais, o dinheiro para comprar papel e caneta e planejar”, brinca Mackeenzy -, mas logo recebeu um investimento de 80 mil reais do bolso dos próprios fundadores. O investimento começou a ser recuperado a partir de 2007, quando o site firmou uma parceria com o portal UOL.
Neste ano, o Videolog firmou um novo acordo de exclusividade com a rede Record e deve faturar 2,5 milhões de reais. A meta para o ano que vem é ainda mais ambiciosa: 10 milhões de reais de receita. O site fatura não só com publicidade, mas também prestando serviços de consultoria para produtores e recebendo comissão por colocá-los em contato com possíveis contratantes. “Enquanto o YouTube dá prejuízo, nós continuamos lucrativos”, provoca Mackeenzy.