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Startup Yuca vai além dos apartamentos compartilhados e aposta em estúdios

A empresa, fundada em 2019, vai disponibilizar na sua plataforma 50 apartamentos individuais em São Paulo até o final do semestre

Yuca: startup gerencia atualmente cerca de 400 unidades em São Paulo (Yuca/Divulgação)

Yuca: startup gerencia atualmente cerca de 400 unidades em São Paulo (Yuca/Divulgação)

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Carolina Ingizza

Publicado em 13 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 13 de abril de 2021 às 12h09.

Fundada em 2019, a startup brasileira Yuca ganhou fama por administrar o compartilhamento de imóveis em bairros nobres da cidade de São Paulo. A empresa reforma grandes apartamentos em áreas centrais da capital e aluga seus quartos para jovens trabalhadores e estudantes que querem morar mais perto do trabalho ou da faculdade. Agora, dois anos depois do início das suas operações, a startup entra também no segmento de apartamentos individuais.

O objetivo da Yuca é lançar até o final do primeiro semestre 50 estúdios na cidade de São Paulo. Nesta semana, as 11 primeiras unidades, no bairro de Pinheiros, foram entregues. "Não nascemos para fazer compartilhamento, mas para entregar apartamentos incríveis a preços incríveis. Essa mudança para um foco mais amplo de imóveis se mantém em linha com nosso propósito inicial", diz Paulo Bichucher, diretor de operações e cofundador da startup.

O diretor diz que desde o lançamento das operações muitos clientes pediam pelo lançamento de apartamentos individuais na plataforma. A entrada no segmento só foi possível durante a pandemia, quando muitos fundos procuraram a empresa para administrar seus portfólios de estúdios. Os primeiros testes com a modalidade foram feitos no final de 2020, com cinco apartamentos individuais em Moema e dois no centro da cidade. Hoje, das quase 400 unidades administradas, 20% são individuais.

Enquanto nos compartilhados a estratégia da startup é reformar imóveis antigos, nos estúdios o foco está em apartamentos novos que possam oferecer aos moradores uma infraestrutura de lazer para compensar a metragem pequena, como piscina, academia e salão de jogos. Com a pandemia, a localização também passou a ser mais importante. Trabalhando de casa, os clientes da startup não querem viver em áreas muito barulhentas, perto de avenidas movimentadas, por exemplo.

"A nossa margem não muda quando trabalhamos com apartamentos compartilhados ou individuais. Para nós, é mais importante ter uma boa taxa de ocupação como um todo. O que muda é o perfil de investidor. Quem investe em apartamentos compartilhados busca um retorno de 8% a 9% ao ano, enquanto quem aposta em apartamentos individuais tem menos risco e, portanto, um retorno menor, na faixa de 5% a 7% ao ano", diz Buchucher.

Com uma lista de espera de potenciais inquilinos e taxa de ocupação de 91% nas unidades, a companhia está confiante sobre sua estratégia de expansão da rede. O objetivo é chegar ao final do ano com pelo menos 1.600 unidades administradas. "Estamos investindo 50% na aquisição de imóveis compartilhados e 50% nos individuais", afirma o diretor de operações.

No ano que vem, a startup planeja dar um próximo passo e administrar um prédio inteiro na Vila Madalena, resultado de uma parceria com a incorporadora Engetécnica. "Vamos poder oferecer uma experiência completamente online aos moradores, com pagamentos, discussões e pedidos ao porteiro e ao zelador feitos pelo nosso aplicativo", diz Bichucher.

Para isso, a startup está captando mais recursos no mercado. Desde que foi fundada, a empresa recebeu um aporte de 6 milhões de dólares em uma rodada liderada pela Monashees e com participação da Creditas e da OneVC. No ano passado, para poder investir na aquisição de mais imóveis, ela abriu seu primeiro fundo de investimento imobiliário, captando cerca de 40 milhões de reais. "Tem muito mato alto em São Paulo, mas precisamos de capital para poder continuar com o crescimento da companhia", afirma o cofundador.

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