Startup de restaurantes "do futuro" acelera expansão em pandemia
A colombiana RobinFood é parte de um esforço do setor para encontrar novos modelos de negócios depois que a Covid-19 abalou o setor
Bloomberg
Publicado em 3 de outubro de 2020 às 12h43.
O futuro dos restaurantes pode estar em andamento na América Latina .
A RobinFood, uma startup de tecnologia fundada há dois anos em Bogotá, está construindo uma rede para a era pós-pandemia, com lanchonetes quase sem contato com a equipe, já que pedidos digitais de refeições que custam alguns dólares são entregues ou retirados em uma moderna máquina automática.
Armada com novo capital da MGM Innova Capital, uma empresa de private equity com sede em Miami, a RobinFood planeja se expandir de 50 para 1.000 lojas (um crescimento de 1.900%) nos próximos cinco anos, o que a tornaria uma das maiores redes da região.
A chave para o modelo é que cada unidade vai preparar refeições para até quatro das sete marcas da empresa - que incluem tigelas de arroz, hambúrgueres e fatias de pizza - no que é frequentemente chamado de conceito de “cozinha em nuvem”, de acordo com José Guillermo Calderón, diretor-presidente e cofundador da empresa.
“A Covid tem sido muito boa para a adoção de opções digitais”, disse Calderón em entrevista de Bogotá, onde a empresa começou em 2018 sob a marca MUY. Durante a pandemia, “as pessoas gostam de limitar o contato humano enquanto têm acesso a alimentos frescos”.
A RobinFood é parte de um esforço do setor para encontrar novos modelos de negócios depois que a Covid-19 abalou o setor. Restaurantes têm recorrido à venda de mantimentos e compartilham espaço de cozinha.
A aposta no ramo alimentício chega em um momento arriscado, principalmente na América Latina, epicentro do coronavírus. A Associação Colombiana da Indústria Gastronômica disse que mais da metade de seus quase 90.000 restaurantes fecharam.
A RobinFood arrecadou um total de US$ 36 milhões e precisará de até US$ 200 milhões em sua expansão. É uma tarefa difícil, mas se a expansão for bem-sucedida, Calderón disse que uma oferta pública inicial poderia sair até 2026.