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Nubank prepara programa de milhagem

A empresa - que já recebeu US$ 98 milhões em investimentos desde sua fundação, em 2013 - deve anunciar em breve um programa de fidelidade

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	Cartão de crédito emitido pela Nubank: até o momento, de acordo com a Nubank, mais de 2 milhões de pessoas já solicitaram o cartão de crédito
 (Nubank/Divulgação)

Cartão de crédito emitido pela Nubank: até o momento, de acordo com a Nubank, mais de 2 milhões de pessoas já solicitaram o cartão de crédito (Nubank/Divulgação)

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Claudia Tozetto

Publicado em 21 de março de 2016 às, 08h54.

São Paulo - A Nubank, startup brasileira que oferece um cartão de crédito sem anuidade com gestão por meio de um aplicativo, se prepara para dar o próximo passo na evolução do serviço.

A empresa - que já recebeu US$ 98 milhões em investimentos desde sua fundação, em 2013 - deve anunciar em breve um programa de fidelidade que permitirá que seus clientes acumulem pontos e os troquem por passagens aéreas.

"Não atendemos os clientes interessados em programas de milhagem, que têm renda mais alta", disse o cofundador e presidente executivo da Nubank, David Vélez, em entrevista à reportagem. "Ainda não chegamos lá."

Até o momento, de acordo com a Nubank, mais de 2 milhões de pessoas já solicitaram o cartão de crédito - a empresa não revela quantas delas tiveram seu perfil de crédito aprovado e efetivamente receberam o cartão.

Outras 400 mil ainda estão na "fila de espera": já solicitaram o cartão, mas ainda aguardam a análise de crédito. "Não existe nenhum outro produto financeiro no mundo que conseguiu ‘viralizar’ como o nosso", comemora o fundador da Nubank. "As pessoas não acordam querendo um cartão de crédito novo."

O programa de fidelidade já está nos planos de Vélez há bastante tempo, mas o executivo evita fixar uma data para o projeto sair do papel.

Apesar disso, segundo fontes do setor, funcionários da Nubank já fizeram algumas reuniões nos últimos meses com empresas que oferecem programas de fidelidade, como a Smiles e a Multiplus - que têm as companhias aéreas Gol e TAM como principais acionistas, respectivamente.

"Já tivemos contato com a Nubank, mas ainda não há nada desenvolvido", disse uma fonte. "Eles ainda estão avaliando e estudando o mercado."

A descrição do atual momento da Nubank bate com o discurso de Vélez. Segundo ele, lançar um programa de fidelidade não é uma tarefa simples.

O executivo afirma que não pretende adotar políticas de recompensa iguais às dos bancos tradicionais que atuam no Brasil. A empresa busca um modelo menos complexo.

"Não faz sentido que o cliente não consiga ver os pontos recebidos em tempo real ou tenha um monte de obstáculos na hora de emitir uma passagem", explica Vélez. "Queremos um programa de recompensas compatível com os valores do Nubank, de transparência e simplicidade."

Entraves

Em 2015, de acordo com dados divulgados no início de março pela Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito (Abecs), os programas de recompensa transferiram mais de R$ 2,8 bilhões em recompensas para os clientes, 21,6% a mais que em 2014. O alto potencial, porém, esconde particularidades que podem travar a inovação no setor.

A principal delas está relacionada ao cálculo dos pontos, que é atrelado à cotação do dólar. Atualmente, os cartões de crédito informam na fatura quantos pontos o cliente vai receber se pagar o boleto.

Depois de computados os pontos, o cliente escolhe como vai usá-los: é possível trocar por produtos, como eletrônicos, e passagens aéreas no ambiente do próprio banco; a segunda opção é transferir para programas de recompensa de terceiros.

"Os bancos investem nos programas de milhagens, porque eles atraem os clientes que mais gastam e que são mais fiéis", diz o diretor da Abecs, Leonel Andrade.

Para o diretor de inovação aberta da consultoria Accenture, Guilherme Horn, a Nubank terá de oferecer um programa de fidelidade para conseguir aumentar sua base de clientes.

E, segundo ele, há oportunidades para repensar a lógica de gestão dos programas de fidelidade.

"É possível informar em tempo real os pontos acumulados a cada compra, deixando claro para o consumidor que se trata de uma estimativa", sugere Horn. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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