Na Paraíba, startups apresentam projetos e buscam incentivo
Duas empresas foram escolhidas para ganhar uma viagem com despesas pagas para participar do Canada 3.0 - evento "irmão" do Brasil 3.0
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 17h51.
João Pessoa – A Conferência Brasil-Canadá 3.0 serviu para novas empresas brasileiras, ainda em fase embrionária, com ideias inovadoras ( startups ) apresentarem seus projetos. Cerca de mil pessoas participaram do encontro, incluindo 50 canadenses que vieram ao Brasil especialmente para o evento .
Duas empresas foram escolhidas para ganhar uma viagem com despesas pagas para participar do Canada 3.0 - evento "irmão" do Brasil 3.0 -, que ocorrerá de 26 a 28 de maio de 2014 em Calgary, no Canadá.
Pelo Canadá, o vencedor foi Deepak Dutt, da Zighra, que trabalha com segurança eficiente para dispositivos móveis. A empresa brasileira premiada foi AeStoks, especializada em gestão e comercialização de ativos e estoques excedentes de grandes empresas, além de recuperar os investimentos das empresas procurando valorizar os bens de capital ou estoques que estão com baixo giro ou ultrapassados nas grandes empresas e vendendo diretamente a uma rede de mais de 50 mil compradores cadastrados.
Durante a conferência, diversos trabalhos foram apresentados, entre eles, o projeto Jogos de Estímulo Criados para Pessoas Especiais (Jecripe), desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense para atender as necessidades específicas de grupos de pessoas pouco atendidos pelo mundo dos jogos eletrônicos, como pessoas com síndrome de Down em idade pré-escolar.
O programa de computador pode ser baixado livremente no link: http://www.jecripe.com/. O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar e o principal personagem do jogo tem feições de uma pessoa com síndrome de Down.
“Fui motivado por ser filho e irmão de fonoaudiólogas, que utilizam jogos para estimular crianças com diferentes tipos de necessidades especiais. Existem planos para abordar outros tipos de perfis, além da síndrome de Down, como, por exemplo, o autismo, paralisia cerebral entre outros, podendo ser usado por pessoas que precisam de estímulos musculares”, disse André Luiz Brandão, pesquisador, doutor em computação e coordenador do projeto.
Desenvolvido em 2009, o projeto teve uma pausa e ganhou um novo impulso, com os estudos para a elaboração do Jecripe 2.
Érica Hoeveler também veio à João Pessoa para tentar novos incentivos para o portal professoresdeplantão.com.br, uma plataforma educacional que coloca em contato graduandos, mestrandos e doutorandos das melhores universidades do país para resolver exercícios e tirar dúvidas de estudantes dos ensinos básico e superior.
O aluno compra um pacote de minutos pré-pago e o portal remunera o professor. As aulas ocorrem por meio de uma plataforma online, com vídeos e chats. “Fiz muitos contatos, que acham que vão render parcerias com as universidades”, disse.
O cônsul-geral do Canadá em São Paulo, Stéphane Larue, destaca que o seminário também é importante para seu país. Ele lembra que, em 2008, Brasil e Canadá assinaram um acordo de cooperação em ciências biológicas, tecnologia da informação e comunicação (TIC), além de oceanografia e tecnologias verdes.
Na ocasião, foi criado um comitê para formaliza a relação entre esses setores. Mais precisamente no setor de TIC, o Brasil trouxe a Conferência Brasil-Canadá 3.0, que é similar a que existe naquele país, com empresas, universidades, governo e cidadãos para discutir a influência das novas tecnologias na vida cotidiana. “Além disso, abre oportunidade para jovens empreendedores que necessitam de um impulso para o novo negócio”, disse.
Fernanda Whitaker, assesssora do consulado, destaca que as empresas que vieram à Paraíba trabalham fortemente com startups brasileiras. Antes, o grupo de canandenses participou de um evento inicial em São Paulo, com empreendedores de outras cidades, e que teve continuidade em João Pessoa.
"A gente gostaria de ver um movimento maior neste sentido. Uma outra área que está se desenvolvendo bem é a área de games [jogos de computadores]. Tivemos agora uma delegação brasileira que foi para o Canadá, com representantes de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Brasília".
O vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouvêa, destaca, que neste ano, o encontro superou as expectativas com a presença de muitos participantes.
O objetivo dos organizadores é trazer outros países para este tipo de conferência, e não só o Canadá. Para Percival Henriques, presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid) e membro do Comitê Gestor da Internet (CGI), além da troca de conhecimento, o evento serve ainda para tentar equilibrar a balança comercial no setor de software (programas de computador), que tem um déficit de US$ 5 bilhões.
“Para o Brasil, é mais interessante descobrir dois ou três Steve Jobs [criador da empresa de tecnologia Apple e responsável pelo Iphone e Ipad] do que uma bacia de petróleo daquelas de Campos. Parece absurdo, em números frios é absolutamente isso. Só aqui no Nordeste, nós também temos um potencial imenso”, disse.
Segundo ele, quando se discute com o Canadá, que já tem o principal motor para desenvolvimento tecnológico, com a interação entre o universo acadêmico, empresa e governo, é possível observar como no Brasil ainda existe uma grande dificuldade para resolver esse tipo de problema.
“Por isso, a importância do encontro é fazer estes setores conversarem e mostrar para os jovens participantes do evento que é possível montar um empresa, aos 25 anos de idade, por exemplo, e obter sucesso” .
João Pessoa – A Conferência Brasil-Canadá 3.0 serviu para novas empresas brasileiras, ainda em fase embrionária, com ideias inovadoras ( startups ) apresentarem seus projetos. Cerca de mil pessoas participaram do encontro, incluindo 50 canadenses que vieram ao Brasil especialmente para o evento .
Duas empresas foram escolhidas para ganhar uma viagem com despesas pagas para participar do Canada 3.0 - evento "irmão" do Brasil 3.0 -, que ocorrerá de 26 a 28 de maio de 2014 em Calgary, no Canadá.
Pelo Canadá, o vencedor foi Deepak Dutt, da Zighra, que trabalha com segurança eficiente para dispositivos móveis. A empresa brasileira premiada foi AeStoks, especializada em gestão e comercialização de ativos e estoques excedentes de grandes empresas, além de recuperar os investimentos das empresas procurando valorizar os bens de capital ou estoques que estão com baixo giro ou ultrapassados nas grandes empresas e vendendo diretamente a uma rede de mais de 50 mil compradores cadastrados.
Durante a conferência, diversos trabalhos foram apresentados, entre eles, o projeto Jogos de Estímulo Criados para Pessoas Especiais (Jecripe), desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense para atender as necessidades específicas de grupos de pessoas pouco atendidos pelo mundo dos jogos eletrônicos, como pessoas com síndrome de Down em idade pré-escolar.
O programa de computador pode ser baixado livremente no link: http://www.jecripe.com/. O projeto foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar e o principal personagem do jogo tem feições de uma pessoa com síndrome de Down.
“Fui motivado por ser filho e irmão de fonoaudiólogas, que utilizam jogos para estimular crianças com diferentes tipos de necessidades especiais. Existem planos para abordar outros tipos de perfis, além da síndrome de Down, como, por exemplo, o autismo, paralisia cerebral entre outros, podendo ser usado por pessoas que precisam de estímulos musculares”, disse André Luiz Brandão, pesquisador, doutor em computação e coordenador do projeto.
Desenvolvido em 2009, o projeto teve uma pausa e ganhou um novo impulso, com os estudos para a elaboração do Jecripe 2.
Érica Hoeveler também veio à João Pessoa para tentar novos incentivos para o portal professoresdeplantão.com.br, uma plataforma educacional que coloca em contato graduandos, mestrandos e doutorandos das melhores universidades do país para resolver exercícios e tirar dúvidas de estudantes dos ensinos básico e superior.
O aluno compra um pacote de minutos pré-pago e o portal remunera o professor. As aulas ocorrem por meio de uma plataforma online, com vídeos e chats. “Fiz muitos contatos, que acham que vão render parcerias com as universidades”, disse.
O cônsul-geral do Canadá em São Paulo, Stéphane Larue, destaca que o seminário também é importante para seu país. Ele lembra que, em 2008, Brasil e Canadá assinaram um acordo de cooperação em ciências biológicas, tecnologia da informação e comunicação (TIC), além de oceanografia e tecnologias verdes.
Na ocasião, foi criado um comitê para formaliza a relação entre esses setores. Mais precisamente no setor de TIC, o Brasil trouxe a Conferência Brasil-Canadá 3.0, que é similar a que existe naquele país, com empresas, universidades, governo e cidadãos para discutir a influência das novas tecnologias na vida cotidiana. “Além disso, abre oportunidade para jovens empreendedores que necessitam de um impulso para o novo negócio”, disse.
Fernanda Whitaker, assesssora do consulado, destaca que as empresas que vieram à Paraíba trabalham fortemente com startups brasileiras. Antes, o grupo de canandenses participou de um evento inicial em São Paulo, com empreendedores de outras cidades, e que teve continuidade em João Pessoa.
"A gente gostaria de ver um movimento maior neste sentido. Uma outra área que está se desenvolvendo bem é a área de games [jogos de computadores]. Tivemos agora uma delegação brasileira que foi para o Canadá, com representantes de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de Brasília".
O vice-governador da Paraíba, Rômulo Gouvêa, destaca, que neste ano, o encontro superou as expectativas com a presença de muitos participantes.
O objetivo dos organizadores é trazer outros países para este tipo de conferência, e não só o Canadá. Para Percival Henriques, presidente da Associação Nacional para Inclusão Digital (Anid) e membro do Comitê Gestor da Internet (CGI), além da troca de conhecimento, o evento serve ainda para tentar equilibrar a balança comercial no setor de software (programas de computador), que tem um déficit de US$ 5 bilhões.
“Para o Brasil, é mais interessante descobrir dois ou três Steve Jobs [criador da empresa de tecnologia Apple e responsável pelo Iphone e Ipad] do que uma bacia de petróleo daquelas de Campos. Parece absurdo, em números frios é absolutamente isso. Só aqui no Nordeste, nós também temos um potencial imenso”, disse.
Segundo ele, quando se discute com o Canadá, que já tem o principal motor para desenvolvimento tecnológico, com a interação entre o universo acadêmico, empresa e governo, é possível observar como no Brasil ainda existe uma grande dificuldade para resolver esse tipo de problema.
“Por isso, a importância do encontro é fazer estes setores conversarem e mostrar para os jovens participantes do evento que é possível montar um empresa, aos 25 anos de idade, por exemplo, e obter sucesso” .