Méliuz: empresa protocolou pedido na CVM para abertura de ações no dia 1º de setembro (Méliuz/fAC/Reprodução)
Carolina Ingizza
Publicado em 3 de setembro de 2020 às 16h52.
Última atualização em 3 de setembro de 2020 às 20h46.
Mais uma startup brasileira entrou com pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para abrir o capital. Além da Enjoei e da Housi, a startup mineira Méliuz também deu entrada no processo de IPO na terça-feira, 1º.
A empresa, fundada em 2011 por Israel Salmen e Ofli Guimarães, se tornou conhecida por oferecer de volta aos consumidores uma parte do valor gasto nas compras no site de parceiros, como Magazine Luiza, Hotel Urbano e Burguer King. Hoje, são cerca de 10 milhões de usuários usando seus cupons de descontos e o programa de cashback.
Em 2019, a empresa lançou também seu primeiro cartão de crédito em parceria com o banco Pan. O produto, que pode ser administrado pelo aplicativo, não tem anuidade e garante 0,8% de cashback em cada compra feita com ele. Nas compras feitas em lojas parcerias, o valor devolvido é de 1,8% por transação.
No documento apresentado à CVM, a startup afirma que pretende utilizar os recursos levantados com a oferta primária de ações para ampliar sua participação nos mercados em que já atua (marketplace e serviços financeiros) e também para potenciais aquisições de empresas consideradas estratégicas para os sócios.
Para expandir sua participação, a empresa afirma que vai contratar mais pessoas para os times de produto e tecnologia da empresa, lançar novos produtos e funcionalidades dentro de sua plataforma e abrir mais contas do cartão Méliuz por meio de campanhas de marketing para aquisição de clientes.
A startup alega que não pode prever quando fará o lançamento dos eventuais novos produtos e as potenciais aquisições, mas afirma que monitora constantemente o mercado e as oportunidades dentro do seu setor de atuação. O banco Itaú BBA é o coordenador líder da oferta, que também conta com a participação do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME), do Bradesco BBI e da XP Investimentos.
O documento com as informações sobre o pedido não estava disponível no site da CVM até hoje pela tarde. Quando questionada sobre o porquê, a empresa disse que não poderia comentar.