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Mais de 20% das empresas fecham todo ano

Veja quais os principais fatores que levam ao encerramento e como evitar que isso aconteça

Cuidados na abertura da empresa podem determinar seu tempo de funcionamento (.)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h34.

São Paulo - O mais recente levantamento feito pelo Sebrae apontou que 22% das pequenas empresas brasileiras encerram suas atividades todo ano. O principal fator que contribui para o fechamento, de acordo com as próprias empresas, é a falta de clientes. Em seguida, as reclamações se concentram na alta carga tributária, a falta de capital de giro e problemas pessoais, como brigas entre sócios. Não há fórmula mágica para consertar uma empresa que está indo para o buraco, mas é possível prevenir que ela fracasse prestando atenção em alguns detalhes durante a abertura.

Para o professor e coordenador da Fundação Dom Cabral, Luiz Eduardo Henriques, o brasileiro pensa que qualquer um pode começar um negócio. "Nem todo mundo tem a capacidade de ser empreendedor. Um grande empresário não é um grande empresário porque teve sorte", diz.

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Ainda de acordo com dados do Sebrae, a capacidade empreendedora é responsável pelo bom andamento em mais de 80% dos casos. Para Henriques, a melhor maneira de fazer um empreendimento ter sucesso é capacitando-se. "A educação é fundamental para a criação, manutenção e desenvolvimento dos novos negócios", explica. Os melhores lugares para buscar este tipo de capacitação são as escolas de negócio ou o próprio Sebrae.

Antes de tocar um negócio, vale atentar para alguns pontos. É essencial ter uma visão de mercado. "Não adianta ter uma idéia mas não ir ao mercado para validar se ela tem valor para o cliente", diz o professor. Outro fator é uma noção de economia e finanças, para poder administrar o negócio de maneira independente, e saber lidar com pessoas são partes de um bom desenvolvimento do projeto. Planejamento também é fundamental. Ele norteia as ações do empreendedor. "O planejamento é o chefe do pequeno empresário", compara Alexandre Ribenboim, consultor especializado em pequenas empresas.

Se as questões anteriores foram devidamente checadas, o próximo passo é ter uma boa governança. "São as regras do jogo. Para uma empresa dar certo é preciso que os sócios se entendam, baseado em um documento que descreve em detalhes como funciona a gestão", ensina Ribenboim. A falta deste acordo é um risco grande. Um exemplo: quando o negócio começa a dar certo. O que fazer com o lucro? "Isso tudo precisa ser decidido antes, para não gerar desgastes", diz.

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