São Paulo - A rede de restaurantes asiáticos Jin Jin Wok montou uma cooperativa entre os franqueados para recuperar uma unidade que não estava tendo o desempenho esperado pela administradora. Com investimentos financeiros e experiência, os franqueados ajudaram a levantar a unidade de Bauru, no interior de São Paulo. Segundo a rede, no primeiro mês após a intervenção a franquia já faturou 60% mais.

Marcio Alessandro Murayama, um dos franqueados envolvido, conta que o grupo surgiu para internacionalizar a marca mas, com a crise, o projeto ficou em segundo plano. Neste ano, eles compraram a unidade de Bauru do operador e iniciaram a recuperação do negócio. “ A loja estava em uma situação delicada porque não se pagava. Fechamos, fizemos uma reforma e assumimos o negócio”, conta. Hoje, a franquia está com faturamento de 90 mil reais, acima da média da rede que é de 78 mil reais.

A cooperativa pode ser um exemplo para outras redes quando o assunto é relacionamento. A falta de apoio da franqueadora teria feito com que a loja no interior de São Paulo fechasse. “A ideia partiu de dentro da empresa inspirada no modelo de negócio de cotas societárias. Não víamos motivos para não trabalhar com um franqueados bem sucedidos e dispostos a fazer um bom investimento”, explica Eduardo Morita, diretor de novos negócios do Jin Jin Wok.

A rede de restaurantes é administrada pelo Grupo Ornatus, que detém as marcas de lojas de bijuterias Morana e Balonè. Segundo Morita, a grande mensagem da cooperativa para o grupo é que “as melhores soluções estão dentro de casa”. “Esse foi um piloto. Nada impede que a gente realize esse trabalho em outros locais”, acrescenta Murayama, que credita o bom andamento do projeto à experiência como franqueado.

Com 50 unidades em funcionamento, a Jin Jin Wok tem o segundo maior faturamento do grupo, que, ao todo, fatura 121 milhões de reais por ano. O investimento inicial para abrir uma franquia é de 300 mil reais e o retorno acontece entre 18 e 24 meses.