Inovação é a chave para atender aos desejos dos clientes
Startups e pequenas empresas devem criar modelos de negócios inovadores e buscar tendências de mercado
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 16h15.
Brasília - A vontade do cliente, seu desejos, aspirações e sonhos foram os temas de duas palestras no espaço Like a Boss, do Sebrae, na Campus Party 2012 ontem. Provocativo, o físico e engenheiro nuclear Clemente Nóbrega disse que inovação é dinheiro novo que entra na empresa e que qualquer um pode inovar, não só gênios criativos. “É preciso entender que a inovação nunca é uma coisa só. É um arranjo, onde entender e realizar o sonho do freguês deve ser o primeiro passo de um plano de negócios”.
O candidato a empresário precisa saber quais são os canais que pode utilizar e como quer ser percebido pelo cliente. Negócios sustentáveis, complementou Nóbrega, são baseados em modelos inovadores. “Não adianta ter tecnologia se não tem inovação. A tecnologia pode ser copiada, um modelo de negócio inovador não”. Ele citou como exemplo a Apple, que se reinventou com o Ipod. “O lançamento do aparelho foi um mero detalhe. A Apple inovou ao colocar no seu modelo de negócios uma loja de aplicativos para vender e baixar música, além de organizar essas informações. E isso também foi aplicado no Iphone e no Ipad”, explicou.
Nóbrega destacou que as empresas jovens de tecnologia começam de modo informal, com muito trabalho e criatividade, mas sem muita preocupação com relação aos processos internos. À medida que crescem, não se sustentam só com criatividade e tecnologia e a maioria dos empreendimentos acaba encerrando suas atividades. “É preciso entender que em um determinado momento o crescimento passa a depender de tudo: processos, mercado e pessoas estão interligados”. Ele sugeriu que, para começar a aplicar um modelo inovador, as startups devem fazer um levantamento dos conflitos e contradições de seus negócios. “Use recursos que já estão no sistema, procure problemas parecidos com os seus e quais foram as soluções encontradas”.
Se novos modelos devem ser construídos para dar sustentabilidade ao negócio, precisam também estar em sintonia com o mercado em 2012. A especialista em tendências de consumo, Luciana Stein, acredita que o caminho é o de humanizar as marcas. Em sua palestra, afirmou que a marca deve se colocar no lugar do consumidor e ultrapassar o puramente comercial. Além disso, as empresas precisam ter coragem e não ocultar informações. “Chamo isso de honestidade, que é a transparência com humanidade”.
Luciana defendeu uma maior flexibilidade das marcas, com regras menos rígidas e processos menos estáticos – não é necessário ser sério o tempo todo. “Há formas muito interessantes de recompensar os clientes. Procure a maneira mais generosa e agradável de fazê-lo”. Citou como exemplo a marca de protetores Sundown, que ofereceu na praia, além da viseira, uma pequena sombrinha.
Outra dica da especialista é ser uma marca facilitadora da vida do consumidor. Soluções simples, como colocar um demonstrador em um supermercado mostrando o total de calorias e carboidratos dos produtos, ajudam a vida de quem não gosta de ler rótulos pequenos. “Os consumidores experientes não toleram mais ser tratados como ingênuos. O respeito deve ser constante entre as duas partes do negócio”.
Tendência
A expectativa de Luciana Stein é que modelos de negócios inovadores deverão surgir principalmente na área da saúde, como aplicativos com leitores de pressão ou até mesmo de pintas, que identificam células cancerígenas. Outra tendência, ressaltou, é buscar negócios que façam a desintoxicação do mundo virtual. “Já temos livrarias, hotéis e até mesmo provedores que oferecem horas sem nenhum tipo de conexão com o mundo virtual. Cada vez mais devem surgir empresas que ajudem também na simplificação, como reunir informações dispersas em um único lugar".
Brasília - A vontade do cliente, seu desejos, aspirações e sonhos foram os temas de duas palestras no espaço Like a Boss, do Sebrae, na Campus Party 2012 ontem. Provocativo, o físico e engenheiro nuclear Clemente Nóbrega disse que inovação é dinheiro novo que entra na empresa e que qualquer um pode inovar, não só gênios criativos. “É preciso entender que a inovação nunca é uma coisa só. É um arranjo, onde entender e realizar o sonho do freguês deve ser o primeiro passo de um plano de negócios”.
O candidato a empresário precisa saber quais são os canais que pode utilizar e como quer ser percebido pelo cliente. Negócios sustentáveis, complementou Nóbrega, são baseados em modelos inovadores. “Não adianta ter tecnologia se não tem inovação. A tecnologia pode ser copiada, um modelo de negócio inovador não”. Ele citou como exemplo a Apple, que se reinventou com o Ipod. “O lançamento do aparelho foi um mero detalhe. A Apple inovou ao colocar no seu modelo de negócios uma loja de aplicativos para vender e baixar música, além de organizar essas informações. E isso também foi aplicado no Iphone e no Ipad”, explicou.
Nóbrega destacou que as empresas jovens de tecnologia começam de modo informal, com muito trabalho e criatividade, mas sem muita preocupação com relação aos processos internos. À medida que crescem, não se sustentam só com criatividade e tecnologia e a maioria dos empreendimentos acaba encerrando suas atividades. “É preciso entender que em um determinado momento o crescimento passa a depender de tudo: processos, mercado e pessoas estão interligados”. Ele sugeriu que, para começar a aplicar um modelo inovador, as startups devem fazer um levantamento dos conflitos e contradições de seus negócios. “Use recursos que já estão no sistema, procure problemas parecidos com os seus e quais foram as soluções encontradas”.
Se novos modelos devem ser construídos para dar sustentabilidade ao negócio, precisam também estar em sintonia com o mercado em 2012. A especialista em tendências de consumo, Luciana Stein, acredita que o caminho é o de humanizar as marcas. Em sua palestra, afirmou que a marca deve se colocar no lugar do consumidor e ultrapassar o puramente comercial. Além disso, as empresas precisam ter coragem e não ocultar informações. “Chamo isso de honestidade, que é a transparência com humanidade”.
Luciana defendeu uma maior flexibilidade das marcas, com regras menos rígidas e processos menos estáticos – não é necessário ser sério o tempo todo. “Há formas muito interessantes de recompensar os clientes. Procure a maneira mais generosa e agradável de fazê-lo”. Citou como exemplo a marca de protetores Sundown, que ofereceu na praia, além da viseira, uma pequena sombrinha.
Outra dica da especialista é ser uma marca facilitadora da vida do consumidor. Soluções simples, como colocar um demonstrador em um supermercado mostrando o total de calorias e carboidratos dos produtos, ajudam a vida de quem não gosta de ler rótulos pequenos. “Os consumidores experientes não toleram mais ser tratados como ingênuos. O respeito deve ser constante entre as duas partes do negócio”.
Tendência
A expectativa de Luciana Stein é que modelos de negócios inovadores deverão surgir principalmente na área da saúde, como aplicativos com leitores de pressão ou até mesmo de pintas, que identificam células cancerígenas. Outra tendência, ressaltou, é buscar negócios que façam a desintoxicação do mundo virtual. “Já temos livrarias, hotéis e até mesmo provedores que oferecem horas sem nenhum tipo de conexão com o mundo virtual. Cada vez mais devem surgir empresas que ajudem também na simplificação, como reunir informações dispersas em um único lugar".