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Google está de olho nas startups que usam esta tecnologia

Em nova edição do Google Launchpad Accelerator, gigante escolheu negócios inovadores que podem aplicar machine learning

Google Campus: prédio recebe mais dez startups para seis meses de mentoria (Google Campus/Divulgação)

Google Campus: prédio recebe mais dez startups para seis meses de mentoria (Google Campus/Divulgação)

Mariana Fonseca

Mariana Fonseca

Publicado em 16 de maio de 2018 às 06h00.

Última atualização em 16 de maio de 2018 às 09h14.

São Paulo - A gigante de tecnologia Google já investiu em quase todo movimento tecnológico possível - desde inteligência artificial para seus assistentes digitais até automação de casas e de carros.

Mais recentemente, a empresa está de olho nas aplicações de uma tecnologia que, segundo a gigante, não é apenas mais uma moda do Vale do Silício: o machine learning. A melhor forma de se manter na vanguarda? Ficar bem próximo das startups.

O Google Launchpad Accelerator, programa de aceleração da gigante de tecnologia, criou uma versão especial para São Paulo e selecionou seis startups brasileiras que querem aprofundar a aplicação de computadores que podem aprender sem serem explicitamente programados para tal.

Elas são a Contentools, que oferece um software para equipes de marketing; a Docket, que resolve a burocracia em documentações empresariais; a JetBov, plataforma em nuvem para pequenos e médios pecuaristas; a Liv Up, marca de refeições saudáveis prontas para aquecer; a Mandaê, plataforma digital que organiza a cadeia de encomendas; e a Vérios, startup de gerenciamento inteligente de investimentos.

“Hoje em dia, a vantagem competitiva está nos dados obtidos por trás de um produto atraente e seu melhor uso, por meio de tecnologias como inteligência artificial e machine learning”, afirma Roy Glasberg, líder global do Google Launchpad, ecoando modelos de negócio como o do Facebook e o do próprio Google.

O objetivo do Launchpad Accelerator é ajudar startups locais a criarem tecnologias atraentes, escaláveis e impactantes com o uso de tecnologias do próprio Google. Em três meses, os negócios receberão mentorias e suporte técnico contínuos para desenvolver um projeto específico, definido no começo do programa. As startups também receberão entre 20 mil e 100 mil dólares em créditos de produtos Google.

Sala do Google Launchpad Accelerator

Sala do Google Launchpad Accelerator (Paulo Liebert/Google/Divulgação)

Diferentemente da residência no Google Campus, as startups buscadas para o Launchpad Accelerator já devem estar em estágio de negócio mais avançado. Os empreendimentos devem ter um modelo de negócio validado, em estágio de pós-aceleração, e enfrentar desafios relativos à tração do seu produto e crescimento no mercado-alvo.

No caso do programa de São Paulo, específico para machine learning, é recomendado que as empresas tenham dados à disposição (o que significa muitos usuários). Após os três meses, o sucesso do Launchpad Accelerator pode ser medido por meio de métricas associadas às mentorias e suporte do Google, como crescimento da base de usuários, aumento do time, investimento captado e lançamentos de novos produtos.

Para Glasberg, toda startup deveria pensar em aplicar o aprendizado automático das máquinas em seu negócio - um dos negócios selecionados, por exemplo, atua no setor alimentício.

“Machine learning não é uma moda, e sim um combustível para seu empreendimento. É uma tecnologia que está por aí há décadas, mas só agora ficou acessível. Todo usuário é exposto a diversos processos de machine learning ao longo de sua rotina. Se sua startup não a possui, já está perdendo no mercado.”

Roy Glasberg, líder global do Google Launchpad

Roy Glasberg, líder global do Google Launchpad (Paulo Liebert/Google/Divulgação)

Passado e futuro

Criado em 2013, o Launchpad Accelerator Global chegou ao Brasil, à Índia e à Indonésia dois anos depois. O programa de aceleração já está presente em mais de 40 países e acelerou 135 negócios. Nomes como Love Mondays, Nubank e QuintoAndar estão entre as 27 startups brasileiras participantes do programa.

Nos próximos dois anos, a gigante espera apoiar 35 startups em São Paulo - de preferência, as que estejam no caminho da indústria 4.0.

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