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Com aporte de R$ 321 mi, Tribal entra na briga dos cartões corporativos

Startup que oferece cartão de crédito e soluções de pagamento para pequenas empresas chega ao Brasil após rodada série B de US$ 60 milhões

Tribal: startup chega ao Brasil de olho nas finanças das PMEs (Tribal/Divulgação)
MC

Maria Clara Dias

Publicado em 3 de fevereiro de 2022 às 11h00.

Última atualização em 3 de fevereiro de 2022 às 12h05.

A disputada batalha entre fintechs pelo mercado de crédito e gestão financeira de empresas acaba de ganhar um novo competidor. Nesta quinta-feira, 3, a startup americana Tribal anuncia a chegada ao Brasil após concluir uma captação de US$ 60 milhões (R$ 321,4 milhões) em uma rodada envolvendo os fundos SoftBank, Coinbase Ventures, BECO Capital, QED Investor e Rising Tide.

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A proposta da empresa americana, fundada em 2019, é oferecer uma plataforma de pagamentos na qual empresas podem fazer a gestão financeira do negócio, fazer transferências e contratar linhas de crédito para a compra de produtos e serviços. Além disso, a fintech também oferece um ambiente onde todas essas movimentações podem ser acompanhadas e controladas.

À frente de todas essas opções está o cartão de crédito, criado para que empresas controlem seus gastos corporativos e hoje carro-chefe entre os produtos da Tribal nos 22 países nos quais atua. Na América Latina, a startup já tem operações na Colômbia, Chile, Peru e México — principal mercado para a fintech até o momento.

A chegada a terras brasileiras se justifica pela magnitude do ecossistema de fintechs do país, explica Sonia Michaca, gerente regional da Tribal para a América Latina. “Sabíamos que a oportunidade era enorme na região. O país é estratégico de muitas maneiras”, diz.

Uma dessas maneiras, segundo a executiva, também se deve ao grande contingente de empresas de pequeno e médio porte ainda desassistidas de soluções financeiras tradicionais e que encaram burocracias excessivas na aprovação de financiamento. “Sabemos que as companhias precisam desse tipo de produto que oferecemos”, diz.

Sonia Michaca, gerente regional da Tribal para a América Latina (Tribal/Divulgação)

O investimento e a estreia no Brasil acontecem em momento estratégico para a Tribal. No último ano, a empresa viu o volume transacionado pela plataforma crescer 90 vezes, apenas na América Latina.

Além do desempenho, a empresa também aproveita a efervescência das fintechs que miram PMEs no Brasil, e com as quais a Tribal competirá diretamente. No último ano, a fintech mexicana Clara, também de cartões de crédito corporativo, chegou ao Brasil após aporte de US$ 70 milhões. Outro exemplo é a Cora, apelidada de banco das PMEs. No segundo semestre do ano passado, a Cora captou R$ 600 milhões com a proposta de ajudar empreendedores a gerenciar seus negócios.

Para o futuro e para competir com as rivais, a intenção da Tribal é lançar outros produtos financeiros, sempre de olho nas necessidades das PMEs usuárias da plataforma. "Ainda vamos observar se o comportamento das empresas será parecido ao que vemos nos outros países, ou se as necessidades serão diferentes", diz.

Até o final do ano, a Tribal deve criar pelo menos 100 vagas de emprego para a operação brasileira. Ao todo, a fintech tem 230 funcionários.

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