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Fintech de investimentos Warren recebe aporte de R$ 120 milhões

Rodada série B foi liderada pelo fundo americano QED Investors, que também investiu nos unicórnios Nubank e Loft

André Gusmão, Rodrigo Grundig e Tito Gusmão, sócios da Warren: com sede em Porto Alegre, a fintech começou a operar em 2017 (Ricardo Jaeger/Exame)
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Carolina Ingizza

Publicado em 10 de julho de 2020 às 06h00.

Última atualização em 10 de julho de 2020 às 08h43.

O mercado de Venture Capital não para mesmo em meio à pandemia. A fintech de investimentos Warren anuncia nesta sexta-feira, 9, ter recebido um aporte de 120 milhões de reais em sua rodada de série B, liderada pelo fundo americano QED Investors (Nubank, Loft). Com o capital, a corretora planeja melhorar a experiência dos usuários com a plataforma de investimentos e expandir a operação.

Com sede em Porto Alegre, a Warren começou a operar em 2017, cobrando uma taxa única de administração dos clientes sobre o valor total investido por ano, em vez de uma comissão por cada venda. Segundo Lauren Morton, sócia da QED, foi esse modelo de operação que atraiu o fundo. “A Warren sempre trouxe como foco a transparência e o foco no cliente, fazendo isso de uma maneira inédita no mercado brasileiro. Estamos empolgados", afirma a gestora.

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Esta não é a primeira captação de investimentos da fintech. Em abril de 2019, a empresa brasileira conquistou seu primeiro aporte, de 25 milhões de reais, liderado pelo fundo americano de capital de risco Ribbit, com participação do Kaszek Ventures e do Chromo Invest. Todos os fundos voltaram a investir na rodada atual, que foi aberta no final do ano passado. “Isso chancela que os atuais investidores estão gostando do trabalho que a gente está fazendo”, diz Tito Gusmão, fundador e presidente da startup.

Em três anos, a empresa chegou a 140.000 clientes. O patrimônio administrado é de 2,5 bilhões de reais. Desde março, 15.000 novas contas foram abertas, em um crescimento de 15% em relação ao mesmo mês de 2019. O montante administrado cresceu seis vezes em relação ao ano passado.

Até o final do ano, a meta da corretora é ter 5 bilhões sob gestão. Para isso, a corretora deve investir em contas digitais e uma plataforma com acesso direto à bolsa. Por enquanto, as novas funções estão em fase de teste, mas até o final de agosto todos os clientes terão acesso a elas.

Para 2021, o plano é incluir produtos como seguro e previdência. A equipe também deve crescer até lá: a equipe de 280 funcionários devem ganhar mais 100 postos de trabalho nos próximos 12 meses.

O principal desafio daqui para frente, segundo o fundador, é comunicar aos clientes em potencial seu modelo de negócio. “O brasileiro nunca falou de dinheiro, de investimentos. Com inflação e taxa de juros alta, não tinha como falar de finanças pessoais. Agora, tudo mudou e isso nos dá a possibilidade de falar do nosso modelo”, diz o presidente da fintech.

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