Ex-guarda-costas monta startup com trocados
Aos 39 anos, o ex-guarda-costas de líderes políticos sempre acabava com o bolso cheio de trocados. Diante disso, fundou uma startup para resolver o problema
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 20h43.
Tomer Zussman teve uma ideia para montar uma startup do mesmo jeito que muitos outros empreendedores: ele estava irritado.
Aos 39 anos, o ex-guarda-costas de líderes políticos israelenses estava viajando entre Tel Aviv e Nova York, onde ele trabalhava em uma empresa de segurança .
Ele sempre acabava com o bolso cheio de trocados quando ia embora do país onde poderia gastá-los.
“Tudo o que você compra nos EUA custa alguma coisa e 99 centavos”, disse ele. “Eu ficava com um monte de moedinhas”.
Ele deduziu que outros viajantes internacionais provavelmente tinham o mesmo problema. Então, ele fundou a Travelers Box em 2012 para instalar quiosques parecidos com caixas eletrônicos em aeroportos de vários lugares do mundo.
As máquinas recebem moedas e cédulas estrangeiras e as convertem para uma moeda digital que pode ser doada à caridade, depositada em uma conta do PayPal ou trocada por cartões de presente de empresas como Starbucks e Sephora.
Foco na Ásia
Até o fim do ano, Zussman pretende ter cerca de 300 de seus brilhantes quiosques laranja na Ásia, na América do Norte e na Europa.
A empresa, com sede em Gibraltar, está abrindo um escritório em Hong Kong e enfocando principalmente a Ásia, em particular para atender à quantidade cada vez maior de turistas chineses que estão ascendendo na escala social.
Depois de sua grande ideia sobre os trocados, Zussman começou a pesquisar o que as pessoas fazem com o dinheiro que sobra das viagens ao exterior. As cabines de câmbio nos aeroportos são onipresentes, é claro, mas não costumam aceitar dinheiro trocado e cobram comissões altas. As instituições de caridade muitas vezes tentam pedir doações dos trocados, mas não recebem muito dinheiro, disse ele.
A oportunidade parecia enorme. De acordo com cálculos rápidos, bilhões de viajantes por ano carregariam centenas de milhões de dólares em trocados.
Ele montou a empresa com Dror Blumenthal e Idan Deshe, colegas de quarto que tinham montado e vendido uma agência de publicidade digital.
Rodada de financiamento
A TravelersBox arrecadou no mês passado US$ 10 milhões de investidores como a empresa de capital de risco Arbor Ventures, com sede em Hong Kong, e a Global Blue Holding, uma empresa de reembolso e lojas de dutyfree.
A companhia agora está avaliada em US$ 30 milhões, declarou uma pessoa com conhecimento do assunto.
A avaliação inicial que Zussman fez do mercado talvez não esteja muito longe da realidade. Os viajantes perdem em média US$ 285 por ano com moedas estrangeiras não utilizadas depois de viagens ao exterior e outros US$ 80 são perdidos em trocados, de acordo com uma pesquisa da Visa. A Associação Internacional de Transporte Aéreo estima que 3,5 bilhões de passageiros fizeram voos domésticos e internacionais em 2015.
“Achamos que o tamanho potencial do mercado é de mais de US$ 45 bilhões no mundo inteiro”, disse por e-mail Melissa Guzy, sócia fundadora da Arbor Ventures. “Investimos na TBX porque acreditamos que a conversão de moeda estrangeira não utilizada a uma carteira digital, como PayPal ou Tenpay, ou a um cartão do Starbucks é muito atraente para quem viaja ao exterior”.
Outros são céticos. A empresa precisará de investimentos substanciais para obter uma recompensa incerta.
“O conceito é muito interessante e acho que a estratégia de execução é relativamente objetiva, mas me pergunto qual será o tamanho do mercado potencial”, disse Zennon Kapron, diretor administrativo da empresa de consultoria Kapronasia, com sede em Xangai, em uma mensagem enviada por e-mail. “A exigência de capital também é alta porque as máquinas, o espaço e a conectividade com certeza não são baratos”.
Tomer Zussman teve uma ideia para montar uma startup do mesmo jeito que muitos outros empreendedores: ele estava irritado.
Aos 39 anos, o ex-guarda-costas de líderes políticos israelenses estava viajando entre Tel Aviv e Nova York, onde ele trabalhava em uma empresa de segurança .
Ele sempre acabava com o bolso cheio de trocados quando ia embora do país onde poderia gastá-los.
“Tudo o que você compra nos EUA custa alguma coisa e 99 centavos”, disse ele. “Eu ficava com um monte de moedinhas”.
Ele deduziu que outros viajantes internacionais provavelmente tinham o mesmo problema. Então, ele fundou a Travelers Box em 2012 para instalar quiosques parecidos com caixas eletrônicos em aeroportos de vários lugares do mundo.
As máquinas recebem moedas e cédulas estrangeiras e as convertem para uma moeda digital que pode ser doada à caridade, depositada em uma conta do PayPal ou trocada por cartões de presente de empresas como Starbucks e Sephora.
Foco na Ásia
Até o fim do ano, Zussman pretende ter cerca de 300 de seus brilhantes quiosques laranja na Ásia, na América do Norte e na Europa.
A empresa, com sede em Gibraltar, está abrindo um escritório em Hong Kong e enfocando principalmente a Ásia, em particular para atender à quantidade cada vez maior de turistas chineses que estão ascendendo na escala social.
Depois de sua grande ideia sobre os trocados, Zussman começou a pesquisar o que as pessoas fazem com o dinheiro que sobra das viagens ao exterior. As cabines de câmbio nos aeroportos são onipresentes, é claro, mas não costumam aceitar dinheiro trocado e cobram comissões altas. As instituições de caridade muitas vezes tentam pedir doações dos trocados, mas não recebem muito dinheiro, disse ele.
A oportunidade parecia enorme. De acordo com cálculos rápidos, bilhões de viajantes por ano carregariam centenas de milhões de dólares em trocados.
Ele montou a empresa com Dror Blumenthal e Idan Deshe, colegas de quarto que tinham montado e vendido uma agência de publicidade digital.
Rodada de financiamento
A TravelersBox arrecadou no mês passado US$ 10 milhões de investidores como a empresa de capital de risco Arbor Ventures, com sede em Hong Kong, e a Global Blue Holding, uma empresa de reembolso e lojas de dutyfree.
A companhia agora está avaliada em US$ 30 milhões, declarou uma pessoa com conhecimento do assunto.
A avaliação inicial que Zussman fez do mercado talvez não esteja muito longe da realidade. Os viajantes perdem em média US$ 285 por ano com moedas estrangeiras não utilizadas depois de viagens ao exterior e outros US$ 80 são perdidos em trocados, de acordo com uma pesquisa da Visa. A Associação Internacional de Transporte Aéreo estima que 3,5 bilhões de passageiros fizeram voos domésticos e internacionais em 2015.
“Achamos que o tamanho potencial do mercado é de mais de US$ 45 bilhões no mundo inteiro”, disse por e-mail Melissa Guzy, sócia fundadora da Arbor Ventures. “Investimos na TBX porque acreditamos que a conversão de moeda estrangeira não utilizada a uma carteira digital, como PayPal ou Tenpay, ou a um cartão do Starbucks é muito atraente para quem viaja ao exterior”.
Outros são céticos. A empresa precisará de investimentos substanciais para obter uma recompensa incerta.
“O conceito é muito interessante e acho que a estratégia de execução é relativamente objetiva, mas me pergunto qual será o tamanho do mercado potencial”, disse Zennon Kapron, diretor administrativo da empresa de consultoria Kapronasia, com sede em Xangai, em uma mensagem enviada por e-mail. “A exigência de capital também é alta porque as máquinas, o espaço e a conectividade com certeza não são baratos”.