Cubo Itaú une forças com a Wayra, hub de inovação e startups da Vivo
A Wayra passa a ter seu escritório no prédio do Cubo, em São Paulo. As duas iniciativas de inovação vão compartilhar dados, conexões e eventos
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Sede do Cubo Itaú: entre plataforma digital e espaço de coworking, são mais de 300 startups associadas (Cubo Itaú/Divulgação)
Publicado em 10 de novembro de 2020 às, 06h00.
Última atualização em 10 de novembro de 2020 às, 11h01.
Duas das principais iniciativas corporativas de empreendedorismo brasileiras anunciam nesta terça-feira, 10, que estão unindo forças. O Cubo Itaú e a Wayra, hub de inovação aberta da Vivo, fecharam uma parceria. A partir de agora, a Wayra passa a ter seu escritório dentro do prédio do Cubo e poderá acessar toda a rede do centro de empreendedorismo.
O movimento consolida uma mudança de posicionamento da Wayra que acontece desde 2018. O hub de tecnologia da Vivo chegou ao Brasil em 2012 como uma aceleradora de startups pioneira — o objetivo, na época, era ajudar os empreendedores com mentorias e criar um espaço colaborativo de trabalho. "O modelo da Wayra serviu de inspiração em 2015 quando o Itaú Unibanco e o fundo Redpoint Eventures decidiram criar o Cubo", diz Pedro Prates, codiretor do Cubo.
Em 2018, a aceleradora foi transformada em um hub de inovação focado em startups mais maduras. A meta passou a ser investir até 1 milhão de reais em empresas que pudessem prestar serviços para o grupo Telefônica. Nos últimos oito anos, a Wayra investiu em 78 empresas no Brasil.
Ao se relacionar com startups em estágio mais avançado, a necessidade de disponibilizar um escritório com várias posições foi diminuindo. A pandemia catalisou esse movimento. “Vimos que fazia mais sentido estar dentro de outro hub e aumentar nossas conexões”, afirma Livia Brando, diretora da Wayra no Brasil.
Livia Brando, diretora da Wayra no Brasil: hub de inovação da Vivo tem novo escritório de 70m² no Cubo (Wayra/Divulgação)
No novo escritório, a Wayra, que tem 10 funcionários, terá somente 20 estações de trabalho livres para receber alguns empreendedores em regime rotativo. Suas investidas também poderão usar a infraestrutura do Cubo e ter acesso à rede de startups, corporações e parceiros do centro.
Já para o Cubo, a parceria com a Wayra é uma forma de aproximar suas quase 400 startups associadas de uma investidora. De quebra, o hub da Wayra ainda pode ser uma porta de entrada para as empresas começarem a prestar serviço para a Vivo no Brasil e para o Grupo Telefônica ao redor do mundo. “Não nos vemos como competidores, mas como parceiros com ativos e uma visão de negócio muito parecida”, diz Prates.
O ano de 2020 foi desafiador para o Cubo, com o fechamento do prédio da organização em São Paulo durante cinco meses devido à pandemia. O espaço físico era o coração do centro de empreendedorismo até então, ainda que houvesse um processo de digitalização em curso.
A crise consolidou a plataforma online do centro. Mesmo na pandemia, o Cubo intermediou 300 negócios por trimestre para as startups residentes. “O nosso valor não está no edifício, mas na comunidade que construímos”, diz o codiretor. Em 2021, o centro pretende continuar com o modelo híbrido, deixando o prédio disponível como um espaço para reuniões e encontros.
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