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Cresce faturamento das micro e pequenas empresas de SP

Total de fevereiro é 3,4% maior que em 2010, com a área de serviços puxando o crescimento

moedas (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2011 às 12h14.

São Paulo - Mesmo com a tendência de menor ritmo de crescimento da economia brasileira em 2011, comparado com 2010, as micro e pequenas empresas (MPE) paulistas registraram, em fevereiro, um crescimento de 3,4% sobre o mesmo período em 2010.

Este foi o 17º mês consecutivo de alta no faturamento das MPE, segundo dados da pesquisa Indicadores Sebrae-SP de Conjuntura. Em valores absolutos, o faturamento dos pequenos negócios foi de R$ 24 bilhões, um acréscimo de R$ 782 milhões com relação a fevereiro de 2010. Por empresa, o faturamento médio foi de R$ 18.081,18.

O crescimento do consumo no mercado interno, a partir da melhora da ocupação e da renda da população, e a base de comparação relativamente modesta - em fevereiro/10 as MPE estavam se recuperando dos efeitos da crise internacional - contribuíram para este resultado.

No período de 12 meses (jan/11 contra jan/10), o crescimento obtido foi alavancado pelo setor de serviços (+19,3%), seguido da indústria (+1,2%). O comércio apresentou queda na receita (-3,7%).

Mais uma vez o setor de serviços foi o maior responsável pelo bom desempenho das MPE. O setor foi o último a sentir os efeitos da crise, de acordo com o estudo. Com a retomada do crescimento, as empresas de grande porte voltaram a demandar serviços. Além disso, este setor, diferente da indústria, não sofre a concorrência do mercado internacional, o que facilitou a recuperação.

O comércio, que desde novembro do ano passado vinha registrando desempenho positivo na receita das empresas, ante o mesmo mês do ano anterior, sofreu queda no faturamento em fevereiro deste ano (-3,7%) sobre o mesmo período em 2010. Esta oscilação está dentro das expectativas, uma vez que o setor já conseguiu retomar nível de faturamento próximo ao que registrava antes da crise.

Por regiões, no período, as empresas do interior registraram maior crescimento no estado (+7,7%). Nas demais regiões, o destaque foi a recuperação do Grande ABC, com crescimento de 6,2% em fevereiro de 2011. Já a Região Metropolitana de São Paulo apresentou variação de -0,8% na receita. As empresas do município de São Paulo apresentaram uma queda de 1,4%.
Na comparação de fevereiro de 2011 com o mês anterior o faturamento real das MPE registrou queda de 3,1%. No período, por setores os resultados foram: indústria (+4,7%), comércio (-9,1%) e serviços (+2,9%).

“O mercado segue oferecendo boas oportunidades para as MPE, mas o sinal de alerta está ligado. O ritmo mais moderado de crescimento da economia deve refletir no desempenho dos pequenos negócios. As MPE da indústria e os segmentos do comércio, mais dependentes de vendas a crédito, devem ter ritmo de crescimento mais modesto em 2011. As atividades ligadas ao mercado interno e cujos produtos são de baixo valor unitário, como o de serviços prestados aos consumidores, tendem a apresentar uma evolução relativamente mais favorável”, destaca Bruno Caetano, diretor superintendente do Sebrae em São Paulo.

Os proprietários de MPE acreditam em manutenção das receitas futuras. As expectativas deles, em março/11, indicam confiança na estabilidade da receita da empresa nos próximos seis meses: 47% acreditam em manutenção no faturamento, contra 45% no mês anterior.

As informações detalhadas sobre as MPE estão no novo relatório da pesquisa do Sebrae em São Paulo. O estudo - que pode ser conferido na íntegra no site http://www.sebraesp.com.br - traz as taxas de variação do faturamento real divididas por setores (comércio, indústria e serviços) e regiões (capital, interior, Grande ABC e Região Metropolitana de São Paulo). A pesquisa apresenta também as expectativas dos pequenos negócios, quanto à evolução do faturamento das MPE e ao nível de atividade da economia.

A pesquisa Indicadores de Conjuntura é realizada mensalmente pelo Sebrae em São Paulo, com apoio da Fundação Seade. O levantamento é feito junto a 2,7 mil micro e pequenas empresas de todo o estado, uma amostra que representa 1,3 milhão de MPE da indústria da transformação, comércio e serviços.

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