Jogo de futebol da Copa do Mundo 2010 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2011 às 12h00.
São Paulo – Um levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas, a pedido do Sebrae, mapeou as principais oportunidades que a Copa do Mundo de 2014 vai trazer para as pequenas empresas de São Paulo.
Os analistas estimam que 300 mil empresas sejam impactadas pelo evento e cresçam em 2014. Isso representa 23% das empresas do estado. Comércio será o setor mais beneficiado, seguido por serviços e indústria.
O estudo encontrou, ao todo, 456 novas oportunidades de negócios no estado em sete áreas principais: agronegócios, madeira e móveis, têxtil e vestuário, turismo, produção associada ao turismo, serviços e tecnologia da informação. A versão nacional da análise aponta 930 oportunidades de negócios para micro e pequenas empresas nas 12 cidades-sede.
Oportunidades
No setor de TI foram identificados 80 tipos de negócio com potencial de crescimento. Serviço de suporte à distância a equipamentos e sistemas de comunicação de dados, implantação de sistemas de proteção de redes, soluções de gestão hoteleira e B2B são alguns negócios que devem ser alavancados pelo evento.
Na área de agronegócios, o estudo aponta atividades relacionadas à bares, restaurantes e hotéis, como cultivo de frutas tropicais, fabricação de cachaça e gelo e armazenamento de produtos.
Já para o turismo, tudo relacionado à hospedagem dos turistas, como albergues, deve estourar até 2014. Confecção de brindes, sistema de credenciamento, serviços de aluguel de automóveis, locação de geradores e limpeza fazem parte das oportunidades da área de produção associada ao turismo.
Problemas
Nem tudo é comemoração até a Copa de 2014. Em nota, o diretor superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano, disse que “o mais importante agora é preparar estes empreendedores a se planejarem corretamente e tirar o máximo do evento.”
Para isso, o Sebrae vai investir 80 milhões de reais até 2013 em programas de consultoria, inovação e acesso a mercados para que as empresas estejam preparadas.
A pesquisa da FGV indicou ainda onde estão os 103 maiores gargalos desses negócios. Problemas como burocracia, impostos, formalização e capacitação de mão-de-obra foram identificados para serem solucionados até o evento esportivo.