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Como este empreendedor foi do fracasso a uma rede de 17 franquias

Tiago Botelho criou um serviço de aluguel de malas de viagem. Hoje o negócio está crescendo, mas para isso ele precisou fechar as portas e recomeçar.

O empreendedor Tiago Botelho, dono da Getmalas (Foto/Divulgação)

Mariana Desidério

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 6 de setembro de 2017 às 06h00.

São Paulo – Como muitos empreendedores , Tiago Botelho decidiu iniciar um negócio após perceber que o mercado não tinha uma solução para o seu problema. Ele morava num apartamento de 40 m², no qual não era simples encontrar espaço para uma mala de viagem .

“Precisei doar a mala porque não tinha onde colocar. Então vi a oportunidade de criar um serviço de aluguel”, conta o empreendedor. “A maioria das pessoas viaja pouco e mala é um item caro. A proposta é oferecer malas de qualidade a um custo acessível além de economizar espaço na casa do cliente. Em vez de comprar um produto que ficaria parado 90% do tempo, ele tem um produto de qualidade e paga pelos dias que realmente usa. E se quebrar ou sujar a gente não cobra nada a mais”, completa.

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Foi o início da Getmalas. A ideia parecia ótima, mas isso não significou sucesso imediato. Para iniciar o negócio, Botelho investiu num site e numa loja física em Belo Horizonte e colocou 160 mil reais no empreendimento. No entanto, o retorno não aparecia.

“Nas duas primeiras semanas aluguei uma única mala. As contas não se pagavam, as pessoas não procuravam por aquilo. Eu tinha que alcançar mais de cem clientes por mês, mas conseguia apenas dez”, lembra o empreendedor.

Além da questão financeira, o início do negócio mostrou a Botelho que ele precisava dividir a operação da Getmalas se quisesse ter sucesso no empreendimento. “Eu não tinha experiência com gestão, e perdia muito tempo com a logística, que é uma área que eu não domino”, conta.

Resultado: depois de 11 meses com a loja física aberta, Botelho precisou fechar as portas. Poderia ser o fim da Getmalas, não fosse a confiança do empreendedor no feedback que ele recebia de seus clientes. “Eu alugava pouquíssimas malas, mas os clientes que alugavam davam um retorno muito positivo. Então entendi que estava fazendo algo legal, mas estava fazendo errado”, conta.

Botelho decidiu então continuar com o site e se associou a um parceiro para cuidar da parte logística do negócio. A parceria deu certo. “Fui atrás de parceiros do campo de logística, e o negócio foi ganhando tração. Á medida que eu fui deixando as partes que eu não era bom nas mãos de outras pessoas, a coisa foi melhorando”.

Com essa experiência, o empreendedor decidiu transformar o negócio em franquia . Dessa forma, o franqueado da Getmalas cuida da parte logística do negócio, e o franqueador cuida da divulgação e operação online. “Fiquei com a parte que eu conheço melhor, que é a de tecnologia.”

O negócio, que nasceu em 2013, faturou 40 mil reais em 2015, 95 mil em 2016, e tem a expectativa de fechar 2017 com faturamento de 220 mil reais. Botelho considera que a Getmalas deve crescer ainda mais nos próximos anos, com a popularização de serviços de aluguel de itens usados poucas vezes. Hoje a Getmalas aluga cerca de 150 malas por mês.

Para o franqueado, o negócio é uma forma de complementar a renda e, segundo Botelho, toda a operação é desenhada de forma que o franqueado possa atuar pela Getmalas em seu tempo livre.

O investimento inicial é de 16 mil reais, e o prazo de retorno do investimento varia entre 15 e 18 meses. Por mês, um fraqueado da marca consegue tirar cerca de 1.500 reais. Com 17 franquias, o objetivo da marca é chegar a 50 unidades nos próximos 12 meses.

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