As 10 startups brasileiras mais procuradas por grandes talentos
Ranking da rede social LinkedIn analisa os negócios inovadores que mais atraem bons funcionários - e, com isso, crescem
Mariana Fonseca
Publicado em 19 de setembro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 19 de setembro de 2018 às 09h07.
São Paulo - Quais são as startups brasileiras que mais roubam os talentos das empresas tradicionais? Se sua primeira resposta foi o Nubank , negócio famoso pelo cartão roxinho e serviços financeiros 100% online, acertou. A startup está no topo do ranking LinkedIn Top Startups 2018, que avalia os empreendimentos inovadores que mais chamam a atenção de funcionários capazes e engajados - e, com isso, ganham suas horas de trabalho valiosas. Como todos sabem, os melhores talentos são fundamentais para o sucesso de qualquer empresa, ainda mais quando se fala nas enxutas startups.
O LinkedIn avalia as startups com base em quatro pilares: aumento do número de funcionários, medido pelo aumento percentual ao longo de um ano de no mínimo 15%; engajamento, medido pelo número de não-funcionários que visualizam e seguem a página da startup no LinkedIn, além de procurar os perfis de seus funcionários; interesse em empregos, medido pela taxa de visualizações e candidaturas nas vagas da startup; e atração dos melhores talentos, medida por quantos dos funcionários recrutados são parte das LinkedIn Top Companies e sua porcentagem dentro da empresa.
Para ser elegível, a empresa deve ser independente e pertencer à iniciativa privada, apresentar 50 funcionários ou mais, ter no máximo sete anos de idade e possuir sede no Brasil. Foram excluídas todas as empresas de recrutamento, think tanks, organizações sem fins lucrativos, aceleradoras e entidades governamentais.
A análise foi feita entre 1º de julho de 2017 e 30 de junho de 2018.
Veja, abaixo, as startups brasileiras mais procuradas por quem é um grande talento, segundo o LinkedIn Top Startups 2018:
1 — Nubank
O Nubank faz sucesso entre clientes insatisfeitos com a burocracia e as taxas dos bancos tradicionais. Sem anuidade, seu cartão pode ser gerenciado pelo smartphone. Mesmo com prejuízo de 50 milhões de reais no primeiro semestre deste ano, a fintech abriu mais de 1,5 milhão de contas digitais e já captou 527,6 milhões de dólares em investimentos.Segundo o LinkedIn, no período pesquisado o Nubank contratou mais de 800 profissionais. Até meados de 2019, terá outras 200 oportunidades em finanças e engenharia.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 1.111
2 — Creditas
A Creditas empresta dinheiro com juros baixos — em um país onde as taxas podem ultrapassar 400% ao ano — graças a um modelo digital de crédito com garantia. Ao oferecer um imóvel ou um carro quitado como lastro, seus clientes conseguem taxas iniciais de 1,15% e 1,49% respectivamente. Em maio, o negócio pediu para se tornar uma instituição financeira no Banco Central.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 468
3 — Guia Bolso
O Guia Bolso é o app de controle financeiro mais baixado do Brasil. A startup permite consultar saldos de múltiplas contas, organizar gastos em categorias e contratar empréstimos com parceiros da empresa. Recentemente, o negócio lançou um atualização para atender usuários de baixa renda e projeta conceder um bilhão de reais em crédito até 2019. Vale lembrar que a empresa recentemente demitiu 30% de sua equipe em julho deste ano e mudou seu escritório para um espaço de coworking no descolado “Potato Valley.”
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 192
4 — Docket
A Docket se propõe a aliviar uma das maiores dores dos empresários brasileiros: a burocracia. Por meio demachine learning, a startup reduz o tempo e o dinheiro gastos com a busca, gestão e análise de documentos jurídicos. Segundo o LinkedIn, depois de crescer cerca de 300% e quadruplicar sua equipe no último ano, a lawtech planeja recrutar mais 100 profissionais de áreas como tecnologia, produto e vendas.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 95
5 — Stone Pagamentos
Fundada em 2013, a Stone cresceu durante a explosão do mercado de terminais de pagamento no Brasil. A startup afirma ter mais de 200 mil clientes ativos em mais de 300 cidades do país.De olho no IPO bem sucedido da PagSeguro, do grupo UOL, a Stone afirmou no começo deste ano que pretende abrir capital na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Mas irá precisar arrumar a casa para isso.Com um crescimento acelerado nos últimos anos, a empresa é descrita por funcionários e ex-funcionários como “uma verdadeira bagunça”. Em novembro do ano passado, o negócio demitiu 50 funcionários da área de tecnologia.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 1.954
6 — QuintoAndar
André Penha e Gabriel Braga criaram uma empresa de tecnologia que está sacudindo o setor de aluguéis no Brasil: o QuintoAndar .Astartupanalisa pessoas que estão procurando apartamentos, atua como fiador para aquelas com um histórico de crédito sólido e elimina os intermediários. Ela inclusive atua como gestora deimóveis, para ajudar a consertar coisas como torneiras quebradas. Tudo isso economiza tempo e dinheiro para os inquilinos em um país assolado pela burocracia e por custos ocultos.De acordo com o LinkedIn, a startup possui a meta de expandir a oferta de imóveis para mais bairros e cidades e pretende dobrar o tamanho da equipe em 2019.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 350
7 — CargoX
Federico Vega criou a CargoX ao perceber um quadro preocupante:a parcela de veículos rodando sem carga chega a 43%, num país em que quase 80% dos serviços de transporte utilizados são rodoviários.A startup liga motoristas de caminhões autônomos a companhias que precisam transportar cargas, funcionando como uma espécie de Uber para mercadorias.A CargoX recebeu um aporte no valor de 65 milhões de reais dos investidores Goldman Sachs, George Soros e Qualcomm no final do ano passado.Segundo o LinkedIn, o negócioplaneja contratar 350 pessoas até julho de 2019.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 250
8 — Loggi
A Loggi oferece serviço de entrega rápida em capitais famosas por seu trânsito pesado, como São Paulo. Além de levar documentos para empresas, também faz o transporte de produtos para e-commerces e de comida para restaurantes. A startup enfrenta uma concorrência pesada, como a do Rappi, que acaba se tornar um unicórnio.De acordo com o LinkedIn, a startup quer chegar a mais 13 cidades e, consequentemente, aumentar o número de membros. Até julho de 2019, deve abrir cerca de 250 vagas de emprego.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 380
9 — Sky.One Cloud Solutions
A Sky.One descomplica o cloud computing para empresas. Além de agilizar a migração de sistemas para a nuvem, também oferece consultoria para gerar eficiência na gestão de dados.Segundo o LinkedIn, entre 2016 e 2017, a receita da Sky.One cresceu 126%. Manter esse ritmo de crescimento até 2020 é a meta da startup — algo que um recente aporte de R$ 22,5 milhões feito pela Invest Tech deve ajudar a materializar.
Sede: São Paulo
Número global de funcionários: 75
10 — Hotmart
A Hotmart éuma plataforma para produtores digitais, que criam, distribuem e vender conteúdos pela internet. Criada pelos empreendedores João Pedro Resende e Mateus Bicalho, a startupreúne cerca de 90 mil produtores, que usam a plataforma para atingir consumidores de cursos, e-books e podcasts sobre temas como gastronomia, finanças e empreendedorismo.
Sede: Belo Horizonte
Número global de funcionários: 315
Confira o restante do LinkedIn Top Startups 2018:
Posição | Startup | Sede | Número de funcionários |
---|---|---|---|
11 | MaxMilhas | Belo Horizonte | 260 |
12 | Zoop | Rio de Janeiro | 85 |
13 | Mandaê | São Paulo | 102 |
14 | Beblue | Ribeirão Preto | 427 |
15 | MindMiners | São Paulo | 48 |
16 | Mercado Bitcoin | São Paulo | 102 |
17 | Vindi | São Paulo | 100 |
18 | ContaAzul | Joinville | 370 |
19 | Nibo | Rio de Janeiro | 105 |
20 | Rock Content | Belo Horizonte | 340 |
21 | Geru | São Paulo | 117 |
22 | Amaro | São Paulo | 360 |
23 | Ebanx | Curitiba | 383 |
24 | Contabilizei | Curitiba | 205 |
25 | MODERN Logistics | Jundiaí | 157 |