6 dicas para cortar custos na sua empresa
Cortar custos significa eliminar os excessos e o que não for necessário no total de despesas, de modo que não paralise as atividades cotidianas. Veja como fazer:
Da Redação
Publicado em 8 de setembro de 2016 às 15h04.
Dicas para cortar custos na sua empresa
Escrito por Arnaldo Vhieira, especialista em estratégia de negócios
Em determinado evento voltado para empreendedores , um participante me questionou sobre dicas para cortar custo em sua empresa.
Minha resposta foi pontual: seja equilibrado e priorize a inteligência nesse processo.
O mundo dos negócios é influenciado por variáveis internas e externas que podem impactar diretamente os resultados a serem alcançados, ou seja, a lucratividade. Devemos pensar, portanto, nas questões de estrutura e de conjuntura.
A estrutura está diretamente ligada à cultura de gestão, aos objetivos definidos para os negócios e todos os recursos internos que possibilitam as forças para a produtividade. Estrutura diz respeito às variáveis internas que podem ser controladas e alteradas a partir de ações gerenciais.
Já a conjuntura é toda e qualquer variável externa que não está sob nosso controle e pode ter alterações a qualquer momento, e que influencia as atividades internas do negócio e, por conseguinte, a lucratividade.
Neste sentido, o cenário econômico que o Brasil está passando é uma conjuntura que precisa ser analisada, e o empreendedor deve preparar sua estrutura para garantir a sustentabilidade do negócio e a sobrevivência em momentos de recessão.
O equilíbrio está na relação estabelecida por meio de ações que priorizem esses objetivos. Cortar custos é uma decisão inteligente e que está sob o controle da gestão.
Cortar custos significa, a priori, eliminar os excessos e o que não for necessário no total de despesas operacionais, que não cause impactos ou paralise as atividades cotidianas, a fim de manter o equilíbrio do caixa. As dicas mais comuns são:
1 - Compare preços entre diferentes fornecedores. Negocie e faça opção por aquele que mais oferece custo/benefício;
2 - Faça negociação dos aluguéis, revendo os contratos para que os valores sejam compatíveis à realidade da conjuntura atual de mercado;
3 - Não faça compras em excesso, mantenha o controle sobre o estoque. Nem mais, nem menos, apenas o essencial;
4 - Seja vigilante em relação ao consumo de água, luz, gás etc. Controle esses gastos de perto;
5 - Faça uma adequação em sua equipe de trabalho, sempre com cautela nas demissões, pois muitas vezes essa não é a melhor saída para cortar custos;
6 - Invista apenas em itens que realmente são importantes para a melhoria do seu negócio ou que possam contribuir para a lucratividade a curto prazo.
Por fim, a principal dica é usar a inteligência para manter o equilíbrio entre a sua estrutura e a conjuntura atual.
Lembre-se, ainda, que cada negócio tem a sua particularidade. Nem sempre a ação de corte de custos do meu vizinho é a melhor solução para o meu problemas. No mundo dos negócios, analisar as variáveis ainda é o melhor caminho a ser trilhado rumo à sustentabilidade no sentido amplo da palavra.
Arnaldo Vhieira é coordenador do curso de logística do complexo educacional FMU.
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“Tenha uma equipe multidisciplinar. Dessa forma você não precisará terceirizar nem contratar pessoas nos primeiros meses da sua empresa. O time ideal que eu montaria se fosse criar uma nova empresa seria um desenvolvedor, uma pessoa de marketing e uma pessoa de negócios.”
“Fazer o plano de negócios e definir uma estratégia consistente é o começo de tudo. Porém, também é fundamental conversar com pessoas e procurar consultores ou mentores de marketing, financeiros e administrativos. “Em um determinado momento me indicaram o curso do EMPRETEC, que pra mim foi um divisor de águas. Hoje eu aconselharia qualquer um a iniciar com este curso, pois ele me deu uma visão muito clara de como devemos nos posicionar perante a nossa empresa. "Hoje, muitos clientes chegam aqui na Unius sem uma visão clara do seu negócio. Grande parte desses empresários perde parte do investimento inicial com a compra ou contratação de pessoas, empresas e serviços que não foram bem planejados”.
“Para iniciar sem dinheiro, é importante ter um bom plano definido, pois as vendas precisarão acontecer rapidamente para que o negócio gire. Outra alternativa é ter fontes alternativas de renda, caso o plano demore a se concretizar. “No caso da Involves, o plano de negócios era baseado no desenvolvimento de um software que demoraria um tempo razoável para ser comercializável — tempo este que não poderíamos esperar. Para contornar essa limitação, posicionamos a empresa como prestadora de serviços de desenvolvimento de portais, sites e como fábrica de software. Sabíamos que um dia encerraríamos estes serviços alternativos, o que aconteceu no quarto ano de negócio, quando o ‘plano B’ representava somente 10% da receita da empresa, optamos por encerrar estes serviços. “Outra questão muito relevante é o apoio incondicional da família. Como não tínhamos receita nem dinheiro no bolso, contávamos com o apoio dos nossos familiares — ainda morávamos com os pais e não tínhamos custos fixos pessoais. Estava claro que ficaríamos um tempo considerável sem pró-labore nem dividendos, e é preciso estar psicologicamente preparado para isso.”
“Para quem está começando e tem pouco dinheiro, é preciso conhecer e gostar muito do segmento que está querendo empreender. Tendo o conhecimento e gostando muito, o empreendedor precisará trabalhar com afinco, não medindo esforços e horas, com resiliência em busca de seu objetivo e sonho. Aparecerão vários obstáculos que devem ser ultrapassados. Sugiro também dar um passo de cada vez e, à medida que a situação for melhorando, ir fazendo mais investimentos e reinvestindo todo o lucro no próprio negócio.”
Ideias boas devem vir acompanhadas de coragem e de ação. Acredito, seja com muito ou principalmente com pouco dinheiro, deve-se ter atitude e perseverança como aliadas principais para começar um negócio. Mesmo no início de tudo, é necessário identificar o público consumidor, acionar a rede de contatos e se planejar, para ter foco na hora de gastar aquilo que faturar. Ou seja, trabalhar as informações antes mesmo de qualquer investimento, para não gastar dinheiro sem necessidade.
“Comece!!! Todos nós temos pouco dinheiro e não existe o "perfect moment". Sei que nesse exato momento você pode estar com um problema na sua família, mas eu também estou! Comece agora do jeito que der.”
“Defina seu público alvo, seu nicho de mercado e teste sua ideia através de um MVP (minimum viable product). Caso seu público alvo não venha a se interessar pelo produto, é melhor reformular a estratégia ou mudar o business. Não existe coisa pior do que investir tempo e dinheiro em algo que ninguém quer. Uma vez que o business estiver validado, é importante que o empreendedor tenha resiliência, pois não existe sucesso da noite para o dia.”
Utilize o Google Forms [formulário do Google usado para fazer pesquisas, por exemplo] para viabilizar o seu negócio. Teste e converse com seu usuário. Inicie sua jornada com um protótipo, algo que você pode adaptar para a necessidade real do mercado.
“Foque desde o primeiro dia em vender e gerar receita. Não existe negócio sem receita aqui no Brasil. Lá fora é mais comum acontecer de empresas conseguirem aportes de investidores só com a ideia e sem tração (receita). Então, esteja preparado para gastar bastante sola de sapato e muito telefonema! Invista tempo em marketing digital. Existem diversas estratégias e canais que têm um investimento muito baixo ou sem necessidade de investimento, como a geração de conteúdo para o blog da sua empresa.”
“Tem que ter espírito empreendedor e ter como meta realizar as 100 primeiras vendas. Entender absolutamente tudo que passou com esses 100 primeiros clientes antes, durante e depois da compra. Tentar escalar o negócio ao máximo, sem investimento de terceiros, e só procurar por investimento quando seu negócio estiver validado de ponta a ponta.”