10 investidores com dinheiro para colocar em startups brasileiras
Conheça os grupos investidores que estão buscando negócios inovadores no Brasil para compor seus portfólios
Da Redação
Publicado em 14 de fevereiro de 2011 às 05h24.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
Tim Draper (foto), investidor de negócios de sucesso como Skype, Hotmail e Baidu, está de olho nas startups brasileiras. Recentemente, o investidor participou de uma sessão de perguntas e respostas com empreendedores locais via videoconferência. O investidor comanda o fundo Draper Fisher Jurvetson (DFJ), que tem mais de US$ 5 bilhões comprometidos e já realizou mais de 600 investimentos em todo o globo. No Brasil, a DFJ opera em conjunto com a FIR Capital.
Um dos fundos de capital de risco mais ativos no Vale do Silício, o Benchmark fez seu primeiro investimento no Brasil no ano passado, colocando dinheiro no popular site de compras coletivas Peixe Urbano. Em entrevista à EXAME, Matt Cohler (foto) – um dos sócios do fundo que tem no portfólio investimentos em mais de 150 empresas de tecnologia, como Twitter e eBay – afirmou que o Brasil é, junto com a China, o maior alvo para novos investimentos, especialmente nas áreas de internet e serviços de software e infraestrutura.
O grupo europeu Atômico, criado por Niklas Zennström (foto), um dos fundadores do Skype, está com toda a atenção voltada à America do Sul. O comprometimento é tamanho que Geoffrey Prentice, membro do time que inaugurou as operações do Skype e um dos sócios do fundo, está de malas prontas para se mudar para o Brasil. O grupo já tem quatro investimentos na região – os nomes das empresas investidas ainda não foram abertos – e continua prospectando ativamente potenciais negócios no país. O alvo são empresas inovadoras de tecnologia com serviços voltados a usuários finais.
A FIR Capital tem R$ 80 milhões distribuídos em três fundos para investir em startups. A empresa planeja fazer até seis investimentos neste ano e o valor aportado deve variar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões por negócio. O alvo são empresas com atuação em cadeias produtivas de negócios globais, como agronegócios, commodities, fármacos e internet. Já as áreas prioritárias para empresas com foco no mercado nacional são turismo, logística e serviços voltados ao publico de classe C. Um dos casos de sucesso do grupo é a empresa mineira de buscas Akwan, vendida ao Google.
O fundo Invest Tech já fez seis investimentos, mas ainda tem R$ 3 milhões dos R$ 31,4 milhões captados para fazer mais um investimento neste ano. As áreas prioritárias para investimento são tecnologia da informação, educação e saúde. Para se candidatar, a empresa deve ter faturamento anual de até 15 milhões de reais. Entre as empresas investidas está a rede especializada em medicina reprodutiva Huntington (foto).
Com recursos totais de R$ 26 milhões, a Performa deve investir em até 10 empresas para compor seu portfólio. O alvo são pequenas empresas de base tecnológica com alto grau de inovação focadas nos segmentos de biotecnologia, nanotecnologia (foto), aplicações médicas, tecnologia da informação e tecnologias limpas. O valor médio dos investimentos feitos pelo fundo deve variar entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões.
O Criatec é um fundo com dez anos de duração criado com recursos do Banco Nacional de Deesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em parceria com o Banco do Nordeste (BNB). Com um volume de recursos de R$ 100 milhões, o fundo já fez 23 aportes. O limite de investimento é de R$ 1,5 milhão em empresas com receita anual de até R$ 6 milhões. Entre as investidas está a empresa pernambucana de biotecnologia BioLogicus (foto).
A Confrapar é uma empresa de venture capital com diferentes fundos que investem em negócios inovadores no Brasil. Lançado este ano, o NascenTI tem R$ 35 milhões para investir em até 10 empresas de base tecnológica do Rio de Janeiro. Podem se candidatar aos recursos empresas com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões e o valor médio investido por negócio varia de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões. Nos mesmos moldes, o HorizonTI, que tem recursos totais de R$ 20 milhões, busca até seis empresas mineiras para completar o seu portfólio. Além dos dois fundos regionais já em operação, a Confrapar pretende lançar um fundo nacional até o meio deste ano. O fundo terá R$ 85 milhões, dos quais aproximadamente R$ 15 milhões já foram captados. Deste total, 20% vão para startups. Entre os investimentos já realizados pelo grupo está a rede profissional Via 6, fundada por Diego Monteiro e Renato Shirakashi (foto).
Tendo como alvo empresas que disputam mercados disruptivos – com potencial para movimentar mais de R$ 1 bilhão –, a Monashees Capital já tem sete investimentos no portfólio e continua de olho em oportunidades. Os investimentos variam de R$ 250 mil a R$ 5 milhões. O foco são os segmentos de internet e educação. Entre os investimentos da companhia está a boo-box, fundada por Marco Gomes (foto), que provê soluções de publicidade para mídias sociais.