YPF e Chevron assinam acordo sobre jazida na Argentina
"Vaca Muerta é um ativo de classe mundial e se ajusta perfeitamente a nosso sólido portifólio de recursos não convencionais", declarou John Watson
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2013 às 20h49.
A petroleira estatal argentina YPF e a norte-americana Chevron assinaram um acordo de produção nesta terça-feira para parte da jazida Vaca Muerta (sul), uma das maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais do mundo, informou a empresa argentina.
O acordo "implica um desembolso inicial de 1,24 bilhão de dólares (por parte da Chevron) que permitirá o desenvolvimento da primeira fase em uma área de 20 km²", segundo um comunicado da YPF, que esclareceu que o acordo entrará em vigor quando for referendado pela província de Neuquén, onde estão localizadas grande parte das jazidas.
"Vaca Muerta é um ativo de classe mundial e se ajusta perfeitamente a nosso sólido portifólio de recursos não convencionais", declarou John Watson, presidente da Corporação Chevron, durante a assinatura do convênio.
O presidente da YPF, Miguel Galluccio, disse que "esta associação é estratégica para a companhia e para a Argentina. Estamos colocando em produção um recurso que pode mudar o futuro energético do país", disse.
A área de 20 km², denominada General Enrique Mosconi, está localizada em Loma La Lata (1.100 km a sudoeste de Buenos Aires) e o desenvolvimento da primeira fase inclui a perfuração de mais de uma centena de poços, de acordo com comunicado à imprensa.
Nesta terça-feira, indígenas mapuche ocuparam dois poços de petróleo em Vaca Muerta contra a assinatura desse contrato entre as petroleiras.
"A YPF está trazendo a pior empresa do mundo, que é a Chevron", disse ao canal a cabo Todo Noticias Lefxaru Nahuel, o líder da Confederação Mapuche de Neuquén, no local do protesto.
A ocupação pacífica dos poços por uma centena de mapuches levou à suspensão da atividade desde a manhã desta terça-feira.
"Nossa luta é, sobretudo, contra a hidrofratura (sistema não convencional de fratura da rocha pelo qual se extrai o hidrocarboneto), que é contaminante, e também contra a Chevron. Nossa posição é de não permitir a entrada da Chevron na terra mapuche", insistiu.
O prêmio Nobel da Paz argentino (1980), Adolfo Pérez Esquivel, disse em comunicado que "mediante este acordo com a Chevron, os argentinos, estamos entregando nossos recursos aos EUA e transformando a YPF em uma empresa altamente contaminante, que usará o método conhecido como fracking (fratura)".
Os técnicos da YPF negam que a tecnologia utilizada gere contaminação aos aquíferos.
A YPF afirmou também que "os poços tomados não se encontram em território mapuche, mas sim em terras fiscais pertencentes ao Estado provincial".
Em um comunicado, a petroleira se manifestou "preocupada e surpresa diante da reação desmedida de alguns grupos" e revelou que tinha assinado um acordo com a comunidade Kaxipayiñ para realizar operações.
A petroleira estatal argentina YPF e a norte-americana Chevron assinaram um acordo de produção nesta terça-feira para parte da jazida Vaca Muerta (sul), uma das maiores reservas de hidrocarbonetos não convencionais do mundo, informou a empresa argentina.
O acordo "implica um desembolso inicial de 1,24 bilhão de dólares (por parte da Chevron) que permitirá o desenvolvimento da primeira fase em uma área de 20 km²", segundo um comunicado da YPF, que esclareceu que o acordo entrará em vigor quando for referendado pela província de Neuquén, onde estão localizadas grande parte das jazidas.
"Vaca Muerta é um ativo de classe mundial e se ajusta perfeitamente a nosso sólido portifólio de recursos não convencionais", declarou John Watson, presidente da Corporação Chevron, durante a assinatura do convênio.
O presidente da YPF, Miguel Galluccio, disse que "esta associação é estratégica para a companhia e para a Argentina. Estamos colocando em produção um recurso que pode mudar o futuro energético do país", disse.
A área de 20 km², denominada General Enrique Mosconi, está localizada em Loma La Lata (1.100 km a sudoeste de Buenos Aires) e o desenvolvimento da primeira fase inclui a perfuração de mais de uma centena de poços, de acordo com comunicado à imprensa.
Nesta terça-feira, indígenas mapuche ocuparam dois poços de petróleo em Vaca Muerta contra a assinatura desse contrato entre as petroleiras.
"A YPF está trazendo a pior empresa do mundo, que é a Chevron", disse ao canal a cabo Todo Noticias Lefxaru Nahuel, o líder da Confederação Mapuche de Neuquén, no local do protesto.
A ocupação pacífica dos poços por uma centena de mapuches levou à suspensão da atividade desde a manhã desta terça-feira.
"Nossa luta é, sobretudo, contra a hidrofratura (sistema não convencional de fratura da rocha pelo qual se extrai o hidrocarboneto), que é contaminante, e também contra a Chevron. Nossa posição é de não permitir a entrada da Chevron na terra mapuche", insistiu.
O prêmio Nobel da Paz argentino (1980), Adolfo Pérez Esquivel, disse em comunicado que "mediante este acordo com a Chevron, os argentinos, estamos entregando nossos recursos aos EUA e transformando a YPF em uma empresa altamente contaminante, que usará o método conhecido como fracking (fratura)".
Os técnicos da YPF negam que a tecnologia utilizada gere contaminação aos aquíferos.
A YPF afirmou também que "os poços tomados não se encontram em território mapuche, mas sim em terras fiscais pertencentes ao Estado provincial".
Em um comunicado, a petroleira se manifestou "preocupada e surpresa diante da reação desmedida de alguns grupos" e revelou que tinha assinado um acordo com a comunidade Kaxipayiñ para realizar operações.