Warburg quer aproveitar os investimentos em portos, aeroportos e no setor de energia (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 16 de outubro de 2012 às 09h29.
São Paulo - A Warburg Pincus LLC, grupo de private equity com mais de US$ 35 bilhões em ativos, tem interesse em comprar empresas de serviços de infraestrutura no Brasil para aproveitar os investimentos em portos, aeroportos e no setor de energia.
“Investir em uma empresa que oferece serviços especializados para grandes projetos é a melhor forma de ganhar exposição ao setor de infraestrutura no País, que vai crescer significativamente nos próximos anos”, disse Luca Molinari, sócio e diretor-gerente da Warburg Pincus do Brasil Ltda., em São Paulo. “Um investimento direto em vários dos grandes projetos típicos de infraestrutura provavelmente não geraria o retorno que pretendemos atingir.”
A Warburg Pincus une-se ao BTG Pactual Participações SA e ao Carlyle Group LP na busca de ganhos com os investimentos estimados em R$ 1 trilhão na preparação da infraestrutura para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O BTG comprou uma fatia na Brasbunker Participações SA, empresa de serviços para o setor de petróleo e gás, em setembro de 2010. No mês passado, o Carlyle anunciou a compra de 25 por cento do Grupo Orguel, que aluga equipamentos como andaimes, geradores e guindastes.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social disse que pretende financiar até 80 por cento dos investimentos em infraestrutura nos próximos cinco anos. Grupos privados podem ter que financiar de 10 por cento a 20 por cento do total, segundo Denise Pavarina, presidente da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais.
“Os fundos de private equity estão começando a perceber a oportunidade que eles têm ao investir no aluguel de equipamentos para projetos de energia eólica, portos, estradas, ferrovias e aeroportos”, disse Eduardo Centola, sócio responsável pela área de banco de investimento do Banco Modal SA. “Essas empresas compram os equipamentos financiados e depois alugam, operando quase como empresas financeiras e com fluxos de caixa estáveis.”