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Walmart muda gestão para lidar com 1ª greve de funcionários

Varejista americana pretende adotar uma postura mais tolerante com relação às paralisações e promete não demitir ninguém


	Walmart: varejista enfrentou a primeira greve em 50 anos de história e está aprendendo a lidar com isso
 (Getty Images)

Walmart: varejista enfrentou a primeira greve em 50 anos de história e está aprendendo a lidar com isso (Getty Images)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 15 de outubro de 2012 às 16h03.

São Paulo – O Walmart está adotando um discurso mais compreensivo para lidar com as greves de seus funcionários nos Estados Unidos – as paralisações aconteceram pela primeira vez, em 50 anos, na varejista, na última semana. Diante desse novo cenário, a rede enviou aos seus gestores um manual com instruções de como agir diante dessa nova realidade.

O documento, conseguido com exclusividade pelo jornal americano The Huffington Post, ressalta a importância de não fazer ameaças aos funcionários que aderirem às paralisações. Embora não concorde com elas e considere os piquetes um grave atentado aos planos de crescimento da companhia, a rede pretende com a medida evitar processos trabalhistas futuros.

“Os ativistas e organizadores sindicais vêm tentando há anos prejudicar o crescimento da nossa empresa e nossa relação com os clientes e membros. A tática é tentar atrapalhar o negócio, influenciando nossos associados a participar de greves”, afirmou a companhia, no memorando.

De acordo com o Huffington Post, durante muito tempo, a varejista americana tinha como costume fazer ameaças a funcionários que pensassem em aderir à greve. O resultado de tal postura tirana, hoje, é a centena de processos, que tramitam na Justiça dos Estados Unidos e acusam o Walmart de assédio moral.

Greve histórica

Na última terça-feira, trabalhadores de cerca de 30 lojas da rede nos Estados Unidos protestaram e faltaram ao trabalho. A paralisação, considerada histórica, foi a primeira em 50 anos de atividade da varejista.

Insatisfeitos com as condições de trabalho e os baixos salários, os funcionários da rede ameaçam cruzar os braços na Black Friday, um dos principais dias do comércio no país.

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