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Vulcabras muda estratégia logística em busca de rapidez e rentabilidade

Vulcabras deixa de terceirizar a logística, investe em um centro de distribuição e quer atender melhor a demanda crescente no e-commerce

Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras no novo centro de distribuição (H. Neto / Fractal Fotografia Esportiva/Reprodução)

Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras no novo centro de distribuição (H. Neto / Fractal Fotografia Esportiva/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 12 de maio de 2021 às 10h00.

Última atualização em 12 de maio de 2021 às 20h56.

A gestora de marcas de artigos esportivos Vulcabras, detentora da Mizuno, Olympikus e Under Armour, inaugurou nesta terça-feira, 11, uma operação logística localizada em Extrema, Minas Gerais. A novidade, que estava prevista para 2022, foi antecipada por conta do crescimento do e-commerce em 144% no ano passado, representando 5% do total das vendas da empresa.

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"Desde 2019 tínhamos esta ideia. Com a pandemia vimos a aceleração das compras online e entendemos que seria melhor centralizar a nossa operação ao invés de continuar com o modelo terceirizado. Deste modo, teremos maior agilidade e rentabilidade", diz Pedro Bartelle, presidente da Vulcabras em entrevista exclusiva à EXAME.

A operação tem investimento inicial de 10 milhões de reais. O espaço de 11.500 metros quadrados conta com uma operação logística dedicada ao e-commerce das marcas, e também com a operação de distribuição para o varejo multimarcas, com capacidade para quase 7 milhões de peças, em 65.000 endereços.

O ambiente conta com processos automatizados, como por exemplo o uso de esteiras inteligentes e sorter de direcionamento por tipo de pedido, que garantem a confiabilidade na gestão do estoque, e lisura em todos os processamentos de pedidos. Além disso, a operação dedicada ao B2B, proporciona à Vulcabras um ganho de eficiência de 50% na entrega para estes clientes. "Investir nesse tipo de tecnologia nos dá segurança de que o processo correto será feito e de que o cliente ficará mais satisfeito. Temos muitos tipos de produtos diferentes por modelo, tamanho e mais, então ter eficiência e segurança é essencial", diz Bartelle.

Com o investimento a Vulcabras espera mais agilidade sobre todo o processo, desde armazenamento, transporte e distribuição de seus artigos, criando, assim, mais sinergia entre todas as etapas. Com a operação própria a Vulcabras passa a ter o controle completo da operação logística, o que resulta em uma melhoria considerável no prazo médio de entrega, que passa de 5 dias para 2,4 dias. Além disso, são oferecidas três modalidades de entregas, sendo uma delas feita no mesmo dia da compra (na região da Grande São Paulo).

“A decisão de inaugurar um centro de distribuição próprio em uma região tão privilegiada para este segmento faz parte do plano de crescimento da companhia para os próximos anos, afirma Rodrigo Miceli, diretor de Supply da Vulcabras.

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Para o presidente da Vulcabras, a compra da Mizuno por 200 milhões de reais, em setembro, antes gerida pela Alpargatas, foi essencial para a consolidação da venda direta. “Com as três marcas construímos um portfólio que atende todo tipo de brasileiro interessado em produtos esportivos e que podem investir entre 50 a 1.500 reais em uma peça”, diz.

Em 2020, apesar do susto no começo da pandemia, a empresa conseguiu retomar as vendas no segundo semestre e registrar um faturamento anual 20% superior, quando comparado ao mesmo período do ano passado.  Agora, no primeiro trimestre de 2021, o EBITDA de R$ 37,3 milhões e o lucro líquido de R$14,6 milhões cresceram respectivamente 37,1% e 64,0% se comparados ao mesmo trimestre do ano anterior. Na pandemia, a companhia com 16.000 funcionários se comprometeu em manter essas posições e realizou cem novas contratações para a inauguração do centro de distribuição em Extrema.

 

 

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