Volkswagen muda executivos para expandir na China
Companhia criou um cargo no comitê administrativo dedicado exclusivamente para a China - seu maior mercado único - que será ocupado por Jochem Heizmann
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2012 às 18h21.
São Paulo - A Volkswagen elevou o status da China dentro do seu império em expansão e reafirmou o controle sobre suas instáveis marcas de caminhões, com uma extensiva revisão do seu alto escalão de administração neste sábado, à medida em que busca o domínio do mercado global.
A empresa criou um cargo no comitê administrativo dedicado exclusivamente para a China - seu maior mercado único - que será ocupado por Jochem Heizmann, que tem se destacado nos negócios de veículos comerciais do grupo.
A Volks foi a primeira montadora do exterior a entrar na China há três décadas e, com seus dois parceiros locais, está investindo 17,3 bilhões de dólares até 2016, para construir fábricas em todo o país.
A empresa adquiriu nos últimos anos, marcas como Scania, MAN, Porsche e Ducati como parte do seu esforço de ultrapassar a General Motors e a Toyota e chegar ao primeiro lugar da indústria até 2018.
"Nossa empresa cresceu fortemente e se tornou mais internacional nos últimos anos. Essa reorganização fundamental é a resposta certa aos desafios crescentes," disse Martin Winterkorn, presidente-executivo da Volkswagen em uma entrevista coletiva em Stuttgart.
Autoridades dizem que a reestruturação é necessária para controlar melhor o notável crescimento da empresa. Desde que pegou as rédeas da montadora em janeiro de 2007, Winterkorn transformou a Volkswagen numa empresa que vende quase 8,4 milhões de veículos por ano, ante 5,7 milhões de antes.
"Eles estão admitindo que a China é o único mercado que não se pode controlar junto com outros negócios - não é um país diferente, é um planeta diferente. Você precisa tratar a China de forma independente do resto e não amarrá-lo à sua nave-mãe," disse o analista da IHS Automotive, Christoph Stuermer.
Heizmann, um especialista em produção, terá a tarefa de expandir os negócios da Volkswagen na China, onde o grupo vendeu 2,3 milhões de veículos no ano passado.
Os dois associados locais da Volkswagen contribuíram com rendimentos de mais de 2,6 bilhões de euros em 2011, mais do que o lucro operacional mundial combinado das montadoras francesas Renault e Peugeot Citroen.
"Precisamos de alguém que possa servir como representante junto ao governo chinês e tire um pouco da carga de cima de Winterkorn," disse uma fonte da companhia à Reuters, na sexta-feira.
Karl-Thomas Neumann, o ex-chefe do fornecedor de autopeças Continental, tem liderado até agora as operações da Volks na China, mas não como membro do conselho administrativo.
"Vamos procurar novas tarefas dentro da empresa para Neumann," disse Winterkorn durante a coletiva de imprensa.
Não ficou claro se Neumann vai continuar na empresa. Analistas o citaram como possível candidato a substituir Winterkorn quando seu contrato terminar, no final de 2016.
São Paulo - A Volkswagen elevou o status da China dentro do seu império em expansão e reafirmou o controle sobre suas instáveis marcas de caminhões, com uma extensiva revisão do seu alto escalão de administração neste sábado, à medida em que busca o domínio do mercado global.
A empresa criou um cargo no comitê administrativo dedicado exclusivamente para a China - seu maior mercado único - que será ocupado por Jochem Heizmann, que tem se destacado nos negócios de veículos comerciais do grupo.
A Volks foi a primeira montadora do exterior a entrar na China há três décadas e, com seus dois parceiros locais, está investindo 17,3 bilhões de dólares até 2016, para construir fábricas em todo o país.
A empresa adquiriu nos últimos anos, marcas como Scania, MAN, Porsche e Ducati como parte do seu esforço de ultrapassar a General Motors e a Toyota e chegar ao primeiro lugar da indústria até 2018.
"Nossa empresa cresceu fortemente e se tornou mais internacional nos últimos anos. Essa reorganização fundamental é a resposta certa aos desafios crescentes," disse Martin Winterkorn, presidente-executivo da Volkswagen em uma entrevista coletiva em Stuttgart.
Autoridades dizem que a reestruturação é necessária para controlar melhor o notável crescimento da empresa. Desde que pegou as rédeas da montadora em janeiro de 2007, Winterkorn transformou a Volkswagen numa empresa que vende quase 8,4 milhões de veículos por ano, ante 5,7 milhões de antes.
"Eles estão admitindo que a China é o único mercado que não se pode controlar junto com outros negócios - não é um país diferente, é um planeta diferente. Você precisa tratar a China de forma independente do resto e não amarrá-lo à sua nave-mãe," disse o analista da IHS Automotive, Christoph Stuermer.
Heizmann, um especialista em produção, terá a tarefa de expandir os negócios da Volkswagen na China, onde o grupo vendeu 2,3 milhões de veículos no ano passado.
Os dois associados locais da Volkswagen contribuíram com rendimentos de mais de 2,6 bilhões de euros em 2011, mais do que o lucro operacional mundial combinado das montadoras francesas Renault e Peugeot Citroen.
"Precisamos de alguém que possa servir como representante junto ao governo chinês e tire um pouco da carga de cima de Winterkorn," disse uma fonte da companhia à Reuters, na sexta-feira.
Karl-Thomas Neumann, o ex-chefe do fornecedor de autopeças Continental, tem liderado até agora as operações da Volks na China, mas não como membro do conselho administrativo.
"Vamos procurar novas tarefas dentro da empresa para Neumann," disse Winterkorn durante a coletiva de imprensa.
Não ficou claro se Neumann vai continuar na empresa. Analistas o citaram como possível candidato a substituir Winterkorn quando seu contrato terminar, no final de 2016.