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Vicente Falconi rebatiza a consultoria com seu nome

Batizar o INDG com o nome de Falconi é uma forma de perenizar a figura do consultor e, ao mesmo tempo, de preparar sua saída da empresa


	Vicente Falconi, de 72 anos, aos poucos está se afastando da empresa. Ele já não tem função executiva e passou o controle da empresa ao Conselho
 (Germano Lüders/EXAME)

Vicente Falconi, de 72 anos, aos poucos está se afastando da empresa. Ele já não tem função executiva e passou o controle da empresa ao Conselho (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 14h19.

Na quinta-feira (25), empresários e executivos de peso participaram da convenção anual do Instituto de Desenvolvimento Gerencial (INDG), do consultor Vicente Falconi, em São Paulo. Estiveram por lá os presidentes da Ambev, João Castro Neves; da Amil, Edson Bueno; e do conselho da Gerdau, Jorge Gerdau.

Os banqueiros Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco, e o publicitário Nizan Guanaes também foram ao evento para falar da experiência de trabalhar com Falconi. O consultor foi o conselheiro desses “figurões” em momentos de grande expansão ou crises pronunciadas.

Por isso, eles vieram prestigiar o velho amigo no dia em que a consultoria anunciou mudanças significativas. A empresa decidiu mudar o nome, a gestão e a estrutura societária. Também partirá para a internacionalização para atingir a meta de ser uma das dez maiores consultorias do mundo e competir globalmente com nomes como McKinsey, Bain & Company e Booz & Co. O primeiro passo da transformação do INDG foi passar a se chamar Falconi.

A mudança de marca ficou a cargo da Asia Branding, uma das empresas de Nizan Guanaes, também seguidor do método de Falconi. Foi o consultor quem fez a reestruturação do grupo ABC. “Ninguém sabia o que era o INDG. Todo mundo o conhecia como ‘a empresa do Falconi’. Eles assumem isso agora”, disse o diretor geral da Asia Branding, Romulo Pinheiro.

Batizar o INDG com o nome de Falconi é uma forma de perenizar a figura do consultor e, ao mesmo tempo, de preparar sua saída. A companhia quer seguir o exemplo de grandes consultorias internacionais, como a McKinsey: deixar de ser uma sociedade anônima (S/A) e se tornar uma partnership, ou seja, uma empresa que tem os consultores como donos e onde todos os funcionários são treinados para pensar e agir como sócios.

A nova regra prevê que os sócios com mais de 55 anos vendam aos poucos suas ações, que serão distribuídas aos consultores mais novos. A missão de tornar a recém-batizada Falconi relevante mundialmente será de Mateus Bandeira, que assumiu a presidência da consultoria em janeiro de 2011.

Falconi, de 72 anos, aos poucos está se afastando da empresa. Ele já não tem função executiva e passou o controle da empresa ao Conselho. “Não tenho nem sala. Vou ao escritório quando me chamam”, disse. A saída definitiva já tem data: fevereiro de 2019. “Minha participação no capital da empresa será zero.” A empresa abriu neste ano um escritório em Nova York e planeja ter um endereço na Europa e na Ásia em 2013, disse Bandeira. “Queremos ser uma McKinsey brasileira.” As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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