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ViaVarejo turbina resultado do Pão de Açúcar no 2º tri

Bom desempenho da ViaVarejo agradou o mercado e evitou que a maior varejista do país fechasse o período no vermelho

Loja do Ponto Frio: grupo Pão de Açúcar teve lucro líquido consolidado de 77 milhões de reais no trimestre, queda de 69 por cento ante um ano antes (EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 21h30.

São Paulo - Provisões maiores levaram o lucro líquido do Pão de Açúcar a cair quase 70 por cento no segundo trimestre, mas o bom desempenho da ViaVarejo agradou o mercado e evitou que a maior varejista do país fechasse o período no vermelho.

O grupo Pão de Açúcar, cujo chairman Abilio Diniz transferiu o controle ao francês Casino em meados de 2012, teve lucro líquido consolidado de 77 milhões de reais no trimestre, queda de 69 por cento ante um ano antes.

O resultado foi impactado por custos extras de 350 milhões de reais, incluindo provisões para riscos tributários, despesas de reestruturação e reservas para riscos trabalhistas.

Excluindo itens extraordinários, o lucro ajustado foi de 327 milhões de reais, bem acima dos 211,8 milhões de reais estimados pela média dos analistas consultados pela Reuters. De abril a junho, a receita líquida da empresa somou 13,38 bilhões de reais, alta de 11,2 por cento no ano a ano. Mas o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 24 por cento, para 609 milhões de reais. A margem Ebitda recuou 2,2 pontos percentuais, para 4,5 por cento.

As manifestações populares em junho levaram ao fechamento de algumas lojas em determinados períodos, mas isso não afetou de maneira significativa o desempenho do trimestre, disse o Pão de Açúcar em comunicado.

O destaque positivo do período foi a ViaVarejo, divisão de eletroeletrônicos do grupo, que teve lucro de 95 milhões de reais -- 19 vezes superior ao de igual período de 2012.

O bom desempenho dessa divisão animou o mercado, fazendo a ação do Pão de Açúcar subir 0,45 por cento nesta quarta-feira, ante queda de 0,9 por cento do Ibovespa.


O presidente interino da ViaVarejo, Vitor Fagá, atribuiu, em teleconferência com analistas, o avanço das vendas ao posicionamento de marketing "bastante assertivo", no embalo do Dia das Mães, Dia dos Namorados e Copa das Confederações.

Para o analista da Ativa Marcelo Torto, a expansão da receita da ViaVarejo pode não manter o mesmo ritmo, em função do cenário macroecônomico brasileiro mais desafiador, com juros e inflação em patamares mais altos. "Mas o crescimento maior de Pão de Açúcar deve vir de ViaVarejo", disse.

Aos analistas, Fagá afirmou que a ViaVarejo, dona das bandeiras Ponto Frio, Casas Bahia e Nova Pontocom, ainda deve "colher frutos de iniciativas que estão em implementação nos próximos trimestres", acrescentando que a empresa está "confortável" para atingir sua meta de geração de caixa no ano.

O banco BTG Pactual afirmou, em relatório, que a ViaVarejo "surpreendeu positivamente de cima a baixo", fazendo coro com Abilio Diniz, presidente do conselho do Pão de Açúcar, que conferiu destaque à empresa ao comentar os resultados do grupo.

"Realmente (a ViaVarejo) agora consegue capturar sinergias que já eram esperadas, dando demonstração da solidez e importância desse negócio", disse Abilio.

A ViaVarejo se prepara para lançar uma oferta primária e secundária de ações de quase 1 bilhão de reais, com a venda de um terço da participação mantida pela família Klein, fundadora da Casas Bahia, no negócio. Hoje, apenas 0,6 por cento do capital da companhia circula no mercado.

Com crescimento de vendas mais modesto que a ViaVarejo, a divisão de alimentos do grupo, que opera as marcas Pão de Açúcar, Extra e Assaí, teve prejuízo de 18 milhões de reais no trimestre, ante lucro de 142 milhões de reais um ano antes.

No relatório, o grupo afirmou que espera redução das despesas operacionais no seu braço de varejo alimentar ao longo do ano, que poderá ser revertida em preços mais baixos ao consumidor para incrementar o tráfego nas lojas.

"Com essa estratégia, a companhia deve ganhar participação de mercado ao longo dos próximos trimestres", afirmou a empresa.

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O grupo Pão de Açúcar, cujo chairman Abilio Diniz transferiu o controle ao francês Casino em meados de 2012, teve lucro líquido consolidado de 77 milhões de reais no trimestre, queda de 69 por cento ante um ano antes.

O resultado foi impactado por custos extras de 350 milhões de reais, incluindo provisões para riscos tributários, despesas de reestruturação e reservas para riscos trabalhistas.

Excluindo itens extraordinários, o lucro ajustado foi de 327 milhões de reais, bem acima dos 211,8 milhões de reais estimados pela média dos analistas consultados pela Reuters. De abril a junho, a receita líquida da empresa somou 13,38 bilhões de reais, alta de 11,2 por cento no ano a ano. Mas o resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 24 por cento, para 609 milhões de reais. A margem Ebitda recuou 2,2 pontos percentuais, para 4,5 por cento.

As manifestações populares em junho levaram ao fechamento de algumas lojas em determinados períodos, mas isso não afetou de maneira significativa o desempenho do trimestre, disse o Pão de Açúcar em comunicado.

O destaque positivo do período foi a ViaVarejo, divisão de eletroeletrônicos do grupo, que teve lucro de 95 milhões de reais -- 19 vezes superior ao de igual período de 2012.

O bom desempenho dessa divisão animou o mercado, fazendo a ação do Pão de Açúcar subir 0,45 por cento nesta quarta-feira, ante queda de 0,9 por cento do Ibovespa.


O presidente interino da ViaVarejo, Vitor Fagá, atribuiu, em teleconferência com analistas, o avanço das vendas ao posicionamento de marketing "bastante assertivo", no embalo do Dia das Mães, Dia dos Namorados e Copa das Confederações.

Para o analista da Ativa Marcelo Torto, a expansão da receita da ViaVarejo pode não manter o mesmo ritmo, em função do cenário macroecônomico brasileiro mais desafiador, com juros e inflação em patamares mais altos. "Mas o crescimento maior de Pão de Açúcar deve vir de ViaVarejo", disse.

Aos analistas, Fagá afirmou que a ViaVarejo, dona das bandeiras Ponto Frio, Casas Bahia e Nova Pontocom, ainda deve "colher frutos de iniciativas que estão em implementação nos próximos trimestres", acrescentando que a empresa está "confortável" para atingir sua meta de geração de caixa no ano.

O banco BTG Pactual afirmou, em relatório, que a ViaVarejo "surpreendeu positivamente de cima a baixo", fazendo coro com Abilio Diniz, presidente do conselho do Pão de Açúcar, que conferiu destaque à empresa ao comentar os resultados do grupo.

"Realmente (a ViaVarejo) agora consegue capturar sinergias que já eram esperadas, dando demonstração da solidez e importância desse negócio", disse Abilio.

A ViaVarejo se prepara para lançar uma oferta primária e secundária de ações de quase 1 bilhão de reais, com a venda de um terço da participação mantida pela família Klein, fundadora da Casas Bahia, no negócio. Hoje, apenas 0,6 por cento do capital da companhia circula no mercado.

Com crescimento de vendas mais modesto que a ViaVarejo, a divisão de alimentos do grupo, que opera as marcas Pão de Açúcar, Extra e Assaí, teve prejuízo de 18 milhões de reais no trimestre, ante lucro de 142 milhões de reais um ano antes.

No relatório, o grupo afirmou que espera redução das despesas operacionais no seu braço de varejo alimentar ao longo do ano, que poderá ser revertida em preços mais baixos ao consumidor para incrementar o tráfego nas lojas.

"Com essa estratégia, a companhia deve ganhar participação de mercado ao longo dos próximos trimestres", afirmou a empresa.

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