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Via Varejo testará modelos de lojas físicas e digitais

De acordo com o presidente da empresa, um dos modelos contempla uma loja menor, com exposição de produtos físicos e online por meio de catálogo digital

Via Varejo: o 2º formato será de uma loja totalmente digital, sem estoque de produtos, oferecendo interfaces para que os clientes possam interagir com o catálogo digital (Via Varejo/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2017 às 17h38.

São Paulo - A varejista de eletroeletrônicos e móveis Via Varejo começará a testar entre agosto e setembro dois novos modelos de lojas físicas, conforme busca impulsionar o modelo de múltiplos canais da rede e aumentar a capilaridade dos negócios.

De acordo com o presidente da companhia, Peter Estermann, um dos modelos contempla uma loja menor, com exposição de produtos físicos e online por meio de catálogo digital, em um modelo semelhante ao já praticado pela rival Magazine Luiza.

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O segundo formato será de uma loja totalmente digital, sem estoque de produtos, oferecendo interfaces para que os clientes possam interagir com o catálogo digital. "É um modelo disruptivo...que entendemos que precisamos ter para o futuro", disse ele à Reuters.

A Via Varejo reportou na véspera lucro líquido de 97 milhões de reais no primeiro trimestre, revertendo prejuízo de 237 milhões registrado no mesmo período de 2016, com crescimento de receita e margem bruta.

Para abril, a previsão da empresa é continuar com resultado positivo de vendas, mesmo com um número menor de dias úteis, que tendem a afetar significativamente o desempenho do setor. De acordo com Estermann, a companhia ajustou estratégias de venda para compensar os feriados. "Estamos bem preparados", disse ele, sem dar mais detalhes.

Questionado sobre efeito nas vendas em razão da greve geral e das manifestações marcadas para a sexta-feira, ele disse que não tem como prever, mas que a rede irá se preparar para recuperar uma eventual perda.

Para o restante do trimestre, mesmo com um cenário macroeconômico sem grandes mudanças no curto prazo, o executivo afirmou que "é provável que (a Via Varejo) mantenha o ritmo de vendas" do primeiro trimestre, disse.

A companhia também prevê que o desempenho da margem bruta do primeiro trimestre será replicado para o resultado do ano, mesmo se mantendo o atual cenário macro, em razão de estratégia comercial unificada entre as vendas físicas e online, entre outros fatores.

No primeiro trimestre, a margem bruta da empresa cresceu para 31,2 por cento ante 26,9 por cento um ano antes, favorecida pela evolução de rentabilidade do comércio eletrônico, manutenção da rentabilidade de lojas físicas e impacto positivo da Lei do Bem.

Estermann também disse que espera repetir ao longo do ano o equilíbrio financeiro do Ebitda do negócio online, atingido no primeiro trimestre antes do esperado, dado o forte resultado apresentado pela empresa nos três meses até março.

Em relação ao processo de alienação da companhia anunciado no ano passado pelo seu controlador, o Grupo Pão de Açúcar, o executivo destacou que a direção da Via Varejo tem conseguido manter o foco na operação.

Para o analista do Credit Suisse Tobias Stingelin, é "reconfortante" ver que Via Varejo não se distraiu com o processo de venda da companhia e que pode continuar a melhorar a rentabilidade à frente.

Por volta das 16:20, as units da Via Varejo subiam 1,4 por cento, a 11,38 reais. Na máxima, mais cedo, avançaram quase 5 por cento, a 11,77 reais.

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