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Via Varejo reverte lucro e anota prejuízo de R$ 49 milhões no 1º trimestre

Empresa justifica resultado afirmando que foi impactado pela menor venda e menor margem bruta no período

Via Varejo: prejuízo no trimestre (Alexandre Battibugli/Exame)

Via Varejo: prejuízo no trimestre (Alexandre Battibugli/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2019 às 07h41.

São Paulo — A Via Varejo apresentou no primeiro trimestre deste ano prejuízo líquido de R$ 49 milhões, revertendo lucro de R$ 64 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A diretoria da varejista, que reúne as marcas Casas Bahia, Ponto Frio, Extra.com e Bartira, explica que apesar da redução das despesas, o resultado foi impactado pela menor venda e menor margem bruta no período.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou 18,2% menor na mesma comparação, em R$ 521 milhões, com margem de 8,2%, contra 9,7% no primeiro trimestre de 2018. "Excluindo os efeitos do IFRS 16, o Ebitda Ajustado seria de R$ 333 milhões (margem de 5,3%), em linha com o guidance e mostrando evolução operacional trimestre após trimestre (1,4% no 4T18)", diz a companhia no informe de resultados.

A Via Varejo adotou as normas do IFRS 16 a partir de janeiro, que se referem a operações de arrendamento mercantil (elimina a distinção entre arrendamentos operacionais e arrendamentos financeiros).

A receita líquida da companhia soma R$ 6,330 bilhões no primeiro trimestre, queda de 4,0% sobre igual período do ano anterior. A margem bruta caiu de 33,2% para 27,6%.

As vendas no critério "mesmas lojas" (abertas há pelo menos doze meses) caíram 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2018, ao passo que a receita bruta de lojas físicas cresceu 0,3% na mesma comparação, devido à abertura de 66 novas lojas nos últimos 12 meses. Só no primeiro trimestre foram 15 lojas inauguradas, 13 delas no formato Smart e dois quiosques; foram encerradas seis unidades consideradas de baixo desempenho.

O valor bruto de mercadorias (GMV na sigla em inglês), que mede o valor transacionado nas plataformas de e-commerce, cresceu 1,7% para R$ 1,723 bilhão, e avançou 63% no marketplace (produtos de terceiros), "fruto da estratégia de contínua expansão no número de sellers e, consequentemente, maior oferta de produtos."

A mensagem da administração destaca ainda que encerrou o trimestre com caixa líquido, incluindo recebíveis de cartão de crédito não descontados, de R$ 2,2 bilhões.

Já o resultado financeiro líquido foi uma despesa líquida de R$ 259 milhões, 1,6% acima do mesmo intervalo de 2018.

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