Via Varejo quer dobrar número de lojas para classe alta
Dona das bandeiras Pontofrio e Casas Bahia também pretende investir em novos formatos de loja
Rita Azevedo
Publicado em 25 de julho de 2017 às 16h32.
Última atualização em 25 de julho de 2017 às 16h53.
São Paulo – A Via Varejo, dona das Casas Bahia e Pontofrio, pretende investir em formatos diferenciados de lojas para garantir a melhora dos números.
Um deles é chamado de loja "smart", pontos com área de vendas e estoques reduzidos e menor custo operacional. A companhia espera que até novembro deste ano oito lojas desse tipo estejam em operação.
“Nossa expectativa é de uma performance positiva, o que representa um potencial de crescimento para a companhia em regiões onde ainda não atuamos”, afirmou Peter Estermann, presidente da companhia, em teleconferência com analistas e investidores nesta terça-feira.
Outra aposta da Via Varejo é o aumento das chamadas lojas “premium”, voltadas para o público de alta renda.
No segundo trimestre deste ano, as vendas em tais pontos aumentaram 32%, o que motivou a expansão do número de lojas de 36 para 51. Agora, a expectativa é que, até o final do ano, "o volume de lojas seja praticamente dobrado”, conforme disse o presidente da empresa.
Compra no site, busca na loja
A Via Varejo também pretende reforçar o uso do estoque das lojas físicas para atender clientes que compraram online. De acordo com Estemann, o faturamento com a modalidade que envolve a retirada dos produtos nas lojas dobrou do primeiro para o segundo trimestre de 2017.
No segundo trimestre do ano, cerca de 25% das vendas feitas por meio dos sites da empresa terminaram com o consumidor buscando o produto.
Nessas operações, além da conveniência aos clientes, a empresa consegue reduzir os custos logísticos. “Nós temos convicção que a aceleração da multicanalidade vai ser um grande diferencial da Via Varejo no curto prazo.”
Redução do prejuízo
No segundo trimestre deste ano, a Via Varejo conseguiu reduzir o prejuízo líquido para 45 milhões de reais. A perda é 87% inferior à registrada no mesmo período do ano anterior, de 350 milhões de reais.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu 190 milhões de reais entre abril e junho de 2017 -- 117% mais que na comparação com os mesmos meses do ano passado.
No mesmo período, a Via Varejo gerou 6,146 bilhões de reais em receita líquida ajustada, ante 5,547 bilhões de reais no segundo trimestre de 2016. A margem bruta ajustada subiu de 28,5% para 31,2%, também na comparação anual.
A receita com vendas em mesmas lojas físicas subiu 10,8% na comparação anual. Segundo a companhia, um crescimento de dois dígitos no número não acontecia desde o terceiro trimestre de 2013.
As despesas com vendas, gerais e administrativas chegaram a 1,589 bilhão de reais no segundo trimestre, o equivalente a 25,9% da receita líquida ajustada. No mesmo período do ano passado, a proporção era de 28,3%.
Com informações da Reuters.