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Via Varejo abrirá 20 quiosques até fim do ano para testar novos mercados

Companhia, que opera em 334 municípios do país com 767 lojas da Casas Bahia e 222 do Pontofrio, quer encerrar 2018 com 20 lojas de até 24 metros quadrados

Via Varejo: quiosques venderão não só o sortimento próprio de produtos como também itens disponibilizados online pelos vendedores do marketplace (divulgação/Divulgação)

Via Varejo: quiosques venderão não só o sortimento próprio de produtos como também itens disponibilizados online pelos vendedores do marketplace (divulgação/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 15h21.

Última atualização em 3 de agosto de 2018 às 17h13.

São Paulo - A Via Varejo está introduzindo um novo formato de lojas quiosques com até 24 metros quadrados, em um esforço que permitirá à rede varejista de móveis e eletrodomésticos testar novos micromercados e levar as bandeiras Pontofrio e Casas Bahia para perto de 400 cidades até o final do ano.

"O quiosque tem uma versatilidade muito grande... Se não performar bem eu consigo remover e levar para outro lugar", disse à Reuters o diretor de operações da empresa, Paulo Naliato, destacando que o custo deste novo formato é significativamente menor que o de lojas físicas.

A companhia, que atualmente opera em 334 municípios do país com 767 lojas da Casas Bahia e 222 do Pontofrio, quer encerrar o ano com 20 quiosques. "Devemos privilegiar entrar em lugares onde não estamos presentes, é uma estratégia para ampliar a capilaridade", explicou Naliato.

A Via Varejo já inaugurou dois pontos deste novo formato na cidade de São Paulo, sendo um quiosque da Casas Bahia no Shopping Aricanduva e outro do Pontofrio no Shopping Top Center. Agora a empresa vai levar os quiosques para mais empreendimentos comerciais, incluindo cinco a seis lojas do Assaí, a rede de atacarejo que pertence ao seu controlador, o Grupo Pão de Açúcar. Parcerias com outros varejistas também estão no radar, de acordo com Naliato.

Isso porque os quiosques venderão não só o sortimento próprio de produtos como também itens disponibilizados online pelos vendedores do marketplace, que continuarão se encarregando da entrega. "Toda vez que entramos em novo município em que ainda não estamos presentes, a presença física acelera demanda dos clientes no online", comentou o executivo.

Além disso, como parte dos esforços para integrar os canais físico e online, o novo formato também servirá como ponto de retirada de mercadorias compradas nos sites de Pontofrio, Casas Bahia e Extra. "Buscamos outro espaço físico no shopping ou galeria para armazenar produtos com dimensões maiores (comprados pela internet para serem retirados pelos consumidores)", afirmou o diretor de operações.

Fora o quiosque, o plano de expansão da Via Varejo ainda prevê abertura de lojas "smart", com 700 a 800 metros quadrados e voltadas para mercados de padrão médio, e um outro formato ainda não batizado com cerca de 200 metros quadrados a ser lançado a partir do ano que vem.

Black Friday

Apesar da ideia de algumas redes de varejo de antecipar neste ano o período promocional da Black Friday de novembro para setembro ter perdido a força, a Via Varejo não vai esperar até o final do ano para lançar campanhas promocionais para atrair clientes.

"Queremos que toda semana haja uma Black Friday e estamos trabalhando em um calendário promocional, especialmente porque sabemos que o cenário macro não está tão favorável", disse Naliato.

Segundo o diretor de operações, a varejista desde o começo do ano já vem trabalhando com estoques um pouco maiores para evitar eventuais rupturas. Ele ainda ressaltou que a expansão dos mini galpões em lojas físicas, os chamados minihubs, para acelerar o prazo de entrega das mercadorias também exige maior estocagem.

"Nosso desafio é entregar em 1 dia após a compra e essa lógica exige um pouco mais de estoque... mas não traz impacto porque está sendo financiado pelos fornecedores", afirmou Naliato.

Por volta das 13:50 (horário de Brasília), as ações da Via Varejo subiam cerca de 3,7 por cento, enquanto o Ibovespa avançava 2,05 por cento.

Em 2018, a varejista acumula baixa de pouco mais de 12 por cento, enquanto as rivais B2W e Magazine Luiza subiam mais de 56 e 70 por cento, respectivamente, desde o começo do ano.

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