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PDVSA e italiana ENI assinam acordo sobre petróleo

Acordo prevê a criação de uma nova empresa que irá investir US$ 17 bilhões na produção de petróleo no litoral venezuelano

A ENI pagará US$ 600 milhões pelo direito de integrar o projeto (Wilfredor/Wikimedia Commons)

A ENI pagará US$ 600 milhões pelo direito de integrar o projeto (Wilfredor/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2010 às 15h48.

Caracas - A estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) e a empresa italiana ENI assinaram nesta segunda-feira dois acordos para a exploração conjunta de óleo no bloco 'Junín 5' da Faixa do Orinoco (nordeste) e a construção de uma refinaria - planos que exigem investimento total de 17 bilhões de dólares.

"É um passo fundamental (...) Em quatro ou cinco anos, a Venezuela será o segundo país em importância para nossa companhia", felicitou Paolo Scaroni, diretor-executivo da ENI depois da assinatura dos convênios.

A empresa mista, a ser construída, se chamará Petrobicentenario.

Como ocore desde 2007, quando a Venezuela nacionalizou seus recursos derivados de petróleo, a PDVSA ficará com 60% da participação acionária e a ENI, com os 40% restantes.

A ENI comprometeu-se a pagar um bônus de 600 milhões de dólares apenas para ter acesso ao projeto.

Segundo Scaroni, a refinaria, situada no complexo petroleiro José Antonio Anzoátegui, estará funcionando no final de 2016, com capacidade para processar até 240.000 barris diários de cru extrapesado.

Os acordos com a ENI representam um passo à frente no desenvolvimento da Faixa do Orinoco, considerada a maior reserva de hidrocarbonetos do mundo, e na qual já estão presentes vários sócios estrangeiros. A Venezuela estima produzir aí 4,6 milhões de barris ao dia (mbd) em 2020.

No momento, a produção de petróleo na Faixa é calculada em 954.000 barris por dia, com a oferta total do país rondando os 3 milhões de barris, segundo cifras oficiais.

Até agora, o governo venezuelano concedeu os blocos Carabobo I e Carabobo III a dois consórcios liderados pela espanhola Repsol e a americana Chevron, vencedores de licitação.

Além disso, assinou com um consórcio de empresas russas a exploração conjunta do bloco 'Junín 6'; com a estatal chinesa CNPC, a do 'bloco Junín 4' e com a PetroVietnam, a do bloco 'Junín 2'.

A Venezuela é o segundo país do mundo em depósitos de cru, com reservas provadas de petróleo de 251 bilhões de barris.

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