Negócios

Venezuela limita vendas do Mercadolivre.com

O governo do país, que mantém um sistema duro de controle de câmbio e preços, decidiu estender sua regulação ao portal líder de comércio eletrônico da região


	Mercado Livre: as autoridades venezuelanas ordenaram que o portal limite suas vendas de determinados produtos
 (Divulgação)

Mercado Livre: as autoridades venezuelanas ordenaram que o portal limite suas vendas de determinados produtos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 08h59.

Caracas - O slogan "encontre o que você está procurando", que se lê no conhecido site latino-americano de comércio eletrônico Mercadolivre.com, não será mais tão verdadeiro na Venezuela.

O governo do país, que mantém um sistema duro de controle de câmbio e preços, decidiu estender sua regulação ao portal líder de comércio eletrônico da região, com a intenção de evitar que se comercializem bens escassos entre pessoas a preços maiores.

As autoridades venezuelanas ordenaram que o portal limite suas vendas de determinados produtos no país, informou o vice-presidente, Jorge Arreaza, em comunicado.

No Mercadolivre.com da Venezuela, os venezuelanos ainda têm a opção de oferecer ou conseguir, sem restrições, desde remédios a até baterias para automóveis, produtos escassos na nação petrolífera desde que suas importações encolheram com a redução da receita gerada com a venda de petróleo.

A commodity é fonte de pelo menos 90 por cento das divisas que ingressam no país.

Mas o governo venezuelano ordenou aos proprietários do site que impeçam a compra e venda de pneus, baterias, medicamentos e alguns bens que têm seus preços regulados por órgãos oficiais, informou Arreaza.

"Se não regularmos, como temos que fazer, para proteger o povo e evitarmos mercadores falsos, especulação... não haverá possibilidade desse tipo de instrumento existir na Venezuela", disse Arreaza, ao fazer o anúncio sobre a companhia de comércio eletrônico sediada na Argentina.

O vice-presidente ainda informou que os porta-vozes da companhia "manifestaram disposição e compromisso para cumprir com as normas", e por isso, já estabelecem filtros para as transações que lá se realizam.

Representantes do Mercadolivre.com não puderam comentar o assunto de imediato.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEmpresas de internetMercado LivrePreçosVenezuela

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024