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Vendas de veículos leves recuam 77% em abril, diz Fenabrave

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves somaram apenas 51 mil unidades no mês, impactados pelo novo coronavírus

Concessionárias operaram em regimes diferentes no país (Oswaldo Luiz Palermo/Exame)

Concessionárias operaram em regimes diferentes no país (Oswaldo Luiz Palermo/Exame)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 4 de maio de 2020 às 15h44.

Última atualização em 4 de maio de 2020 às 18h35.

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves, em abril, acumularam apenas 51.362 unidades, queda de 77% na comparação anual, informou nesta segunda-feira, 04, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O desempenho da rede de concessionários foi fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus.

No acumulado do quadrimestre, foram emplacados 583.905 veículos leves no país, retração de 27,13% sobre igual período do ano passado.

“Lamentavelmente, voltamos aos patamares de vendas do início da década e, no setor como um todo, aos volumes de 1992", diz Alarico Assumpção Júnior, presidente da Fenabrave, em nota.

Já os emplacamentos de veículos pesados (caminhões e ônibus) recuaram 58,8% em abril, para 4.370 unidades. No acumulado do ano, as vendas caíram 21,7%, para 29.888, informa a Fenabrave.

Retorno às atividades

Segundo a entidade, hoje existem cerca de 7.300 concessionárias no país e boa parte delas está fechada ou parcialmente inoperante.

Poucos estados autorizaram a abertura das concessionárias para operação total, que inclui vendas de veículos, peças e serviços de manutenção. “Em estados onde a quarentena foi flexibilizada, a queda do setor foi menor", diz o presidente da Fenabrave.

A entidade tem como pleito ao governo federal a reabertura total das lojas da rede. Assumpção ressalta na nota que o setor está pronto para voltar "com total responsabilidade e seguindo, rigorosamente, todos os protocolos de saúde preconizados pela OMS, Ministério da Saúde e demais autoridades sanitárias".

"Vale ressaltar que as concessionárias não são locais que provocam aglomerações", afirma o dirigente. Ele acrescenta que a rede foi incluída no decreto nº 10.329, que lista as atividades essenciais durante a pandemia. "As concessionárias precisam ficar abertas para manutenção dos veículos, que garantem mobilidade."

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