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Veículos elétricos devem dominar vendas até 2033, diz EY

A consultoria Ernst & Young prevê que, em 12 anos, as vendas de veículos elétricos vão ultrapassar a demanda por modelos que usam combustíveis fósseis na Europa, China e Estados Unidos

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Bloomberg

Publicado em 23 de junho de 2021 às 16h02.

Última atualização em 25 de junho de 2021 às 11h01.

A supremacia global dos veículos elétricos deve se consolidar em 2033, cinco anos antes do esperado, à medida que regulamentações mais rígidas e aumento do interesse impulsionam a demanda por transporte com emissão zero, segundo um novo estudo.

A consultoria Ernst & Young agora prevê que, em 12 anos, as vendas de veículos elétricos vão ultrapassar a demanda por modelos que usam combustíveis fósseis na Europa, China e Estados Unidos, os maiores mercados automotivos do mundo. E, em 2045, as vendas de veículos não elétricos devem despencar para menos de 1% do mercado automotivo global, segundo estimativa da EY, que usou uma ferramenta de previsão com base em inteligência artificial.

Ordens rigorosas de governos para combater a mudança climática têm impulsionado a demanda na Europa e na China, onde montadoras e consumidores enfrentam crescentes multas para a venda e compra de carros a gasolina e diesel tradicionais. A EY vê a Europa na liderança em veículos elétricos, com modelos de emissão zero superando todos os outros sistemas de propulsão até 2028. Esse ponto de inflexão chegará à China em 2033 e, nos Estados Unidos, em 2036, prevê a EY.

Os Estados Unidos estão atrás de outros mercados líderes porque as regulamentações de combustíveis foram flexibilizadas durante o governo Donald Trump. Desde que assumiu o cargo em janeiro, o presidente americano, Joe Biden, voltou a aderir ao Acordo de Paris e propôs gastos de 174 bilhões de dólares para acelerar a transição para veículos elétricos, incluindo a instalação de meio milhão de estações de carregamento em todo o país.

“Vemos o ambiente regulatório do governo Biden como um grande contribuinte, porque tem metas ambiciosas”, disse em entrevista Randy Miller, líder global em manufatura avançada e mobilidade da EY.

"Mais atraentes"

“Muitos modelos bem mais atraentes estão sendo lançados”, disse Miller. “Juntamente com os incentivos, esses são os ingredientes básicos que levam a essa visão mais otimista.”

O estudo da EY também vê a geração dos millennials como um fator de impulsão do mercado de veículos elétricos. Esses consumidores, movidos por uma rejeição influenciada pelo coronavírus dos aplicativos de transporte e transporte público, aumentam a demanda por carros próprios. E 30% deles querem dirigir um veículo elétrico, disse Miller.

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