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Vale é a única que pode declarar guerra de preços com a China, diz Eike

Eike Batista destacou os chineses como grandes investidores no Brasil e negou que Roger Agnelli, presidente da Vale, seja seu adversário

Ser o homem mais rico do mundo é uma meta para Eike Batista (.)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

São Paulo - O empresário Eike Batista, presidente do grupo EBX, afirmou que os chineses são grandes investidores no Brasil e que, com eles, "não se pode declarar guerra de preços", em entrevista ao programa Roda Viva na noite de segunda-feira (30).

Na avaliação do oitavo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, somente a Vale pode desafiar a China, como fez ao elevar os preços do minério de ferro, porque para os chineses "falar com a Vale é como falar com o governo".

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Para Eike Batista, "mais da metade do CEOs está no lugar errado". "Se somarmos as participações de fundos de pensão na Vale, a participação majoritária é do governo, mas o Roger [Agnelli, presidente da Vale] opera aquilo da cabeça dele", disse.

Quando questionado se o presidente da Vale é seu adversário, Eike negou. "Minha meta hoje é  passar os que estão na minha frente. Sou competitivo mesmo. Vejo uma possibilidade gigantesca de consertar coisas no Brasil", completou.

Aposentadoria

Segundo Eike Batista, ser o homem mais rico do mundo é uma meta e também consequência de suas realizações. Em 2009, ele contou ter pago R$ 670 milhões ao Imposto de Renda.

Ao ser perguntado se ele estaria disposto a deixar parte da sua fortuna para a caridade, a exemplo de Bill Gates e Warren Buffett, Eike deu uma resposta afirmativa. "Mas existe uma diferença. Eles estão se aposentando, eu estou começando."

Ele não tem planos de se aposentar ainda. "Meu dinheiro é um dinheiro produtivo, está empregando brasileiros pra criar o novo Brasil e sendo investido nas pessoas da minha empresa. Não está parado em banco."

Meio Ambiente

O empresário também procurou explicar que as mineradoras não são vilãs do meio ambiente, mas defendeu que a legislação ambiental deve ser rigorosa. "Nos últimos sete anos, obtivemos 108 licenças ambientais. É rígido, mas que bom que é. Projetos que não cumprem critérios ambiental e social não devem nem existir. Temos que partir do conceito de que vamos buscar o sustentável", afirmou.

Veja também: Eike pretende criar empresas de alta tecnologia e de automóveis

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