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Vale prevê reduzir dívida líquida para US$10 bi até 2019, diz CFO

A redução da dívida deve ser obtida principalmente com caixa da companhia, uma vez que grande parte dos desinvestimentos já foi realizada

Vale: no último trimestre, a companhia reportou endividamento líquido de 21 bilhões de dólares (Yusuf Ahmad/Reuters)

Vale: no último trimestre, a companhia reportou endividamento líquido de 21 bilhões de dólares (Yusuf Ahmad/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 17h52.

Londres - A mineradora Vale prevê reduzir sua dívida líquida para 10 bilhões de dólares até 2019 e vai dedicar fluxo de caixa a partir de então para pagar dividendos, disse nesta sexta-feira o diretor financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Luciano Siani Pires.

Executivos da Vale haviam falado sobre a meta anteriormente, mas sem dar prazos.

A redução da dívida deve ser obtida principalmente com caixa da companhia, uma vez que grande parte dos desinvestimentos já foi realizada.

No último trimestre, a companhia reportou endividamento líquido de 21 bilhões de dólares.

"A mensagem é muito clara aqui... Depois da conquista do objetivo de 10 bilhões de dólares, vamos distribuir todo (o fluxo de caixa) em dividendos", disse Pires, ao participar do evento anual da empresa com investidores, o Vale Day, em Londres.

A Vale, maior produtora global de minério de ferro, vem se recuperando desde que uma queda nos preços do minério e altos desembolsos para o desenvolvimento de sua mina S11D, no Pará, abalaram seu desempenho financeiro nos últimos anos.

Também no evento, o presidente-executivo, Fabio Schvartsman, disse que a Vale planeja fechar um acordo com um parceiro de investimento para comprar uma participação de 20 a 40 por cento em sua mina de níquel Nova Caledônia até meados do ano que vem.

A diretora-executiva de Metais Básicos, Jennifer Maki, que está de saída, disse que uma recuperação total do mercado de níquel ainda vai demorar alguns anos.

Em um evento de investidores no início desta semana, a Vale revisou suas previsões de produção de níquel nos próximos cinco anos, embora a maior produtora mundial do metal tenha mostrado otimismo em suas perspectivas de longo prazo sobre um aumento provável da demanda por carros elétricos.

Os executivos da Vale nesta sexta-feira também disseram que um preço de minério de ferro de 60 a 70 dólares por tonelada é bom para o setor como um todo, enquanto prevê um prêmio de 3,5 a 4,5 dólares para o minério da empresa no próximo ano, devido ao seu maior teor de ferro em comparação com seus pares no mercado.

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