Vale pode vender projeto de fertilizante se não tiver acordo
Companhia poderá vender um projeto em Sergipe de US$ 4 bilhões se não houver acordo entre prefeituras sobre pagamento de tributos
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2014 às 17h24.
Brasília - A Vale poderá vender um projeto em Sergipe de 4 bilhões de dólares importante para o Brasil reduzir sua dependência externa de fertilizantes se não houver acordo entre prefeituras sobre pagamento de tributos.
"A Vale não fará nenhum movimento que seja prejudicial ao Estado de Sergipe, não tendo solução política, daremos mandato para um banco para que possamos vender o projeto, e algum interessado desenvolver", afirmou o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, em audiência no Senado nesta quarta-feira para tratar do assunto.
Está havendo uma divergência entre os municípios de Japaratuba e Capela sobre a divisão dos tributos com o Projeto Carnalita, que tem previsão de adicionar um volume de 1,2 milhão de toneladas à produção de potássio, importante matéria-prima de fertilizantes, da qual o Brasil --uma potência agrícola-- é extremamente dependente de importações.
Segundo Ferreira, os acionistas da Vale não podem ficar sujeitos a incertezas fiscais e, por isso, é importante um acordo. "Estamos dispostos a um acordo que seja viável", disse ele, acrescentando que a empresa vai desmobilizar sua equipe no dia 28 próximo, aguardando uma solução.
O prefeito de Japaratuba, Helio Sobral (PMDB), presente à audiência, disse que o desejo da cidade é que o impasse seja resolvido. "Quem vai ganhar com isso é o povo de Sergipe, de Japaratuba e de Capela", afirmou.
No entanto, o prefeito de Capela, Ezequiel Ferreira (PR), pensa diferente. Ele teme que a cidade fique apenas com os problemas de uma região mineradora, sem obter todas as benesses da instalação da unidade. "Querem transformar Japaratuba numa Camaçari da vida e Capela numa Serra Pelada", afirmou.
O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), disse que o Estado encontrará uma solução para a divergência de municípios.
A Vale assinou com a Petrobras em 2012 a renovação do contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio em Sergipe. O acerto entre as empresas permite à Vale explorar por mais 30 anos as reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio.
Com o acordo, a Vale, que já tem uma operação na área, esperava prosseguir com o desenvolvimento do projeto.
A Vale estimou, na ocasião do acordo com a Petrobras, que o Projeto Carnalita permitiria ao Brasil economizar cerca de 17 bilhões de dólares em divisas ao longo de 29 anos pela redução das importações da matéria-prima.
Brasília - A Vale poderá vender um projeto em Sergipe de 4 bilhões de dólares importante para o Brasil reduzir sua dependência externa de fertilizantes se não houver acordo entre prefeituras sobre pagamento de tributos.
"A Vale não fará nenhum movimento que seja prejudicial ao Estado de Sergipe, não tendo solução política, daremos mandato para um banco para que possamos vender o projeto, e algum interessado desenvolver", afirmou o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, em audiência no Senado nesta quarta-feira para tratar do assunto.
Está havendo uma divergência entre os municípios de Japaratuba e Capela sobre a divisão dos tributos com o Projeto Carnalita, que tem previsão de adicionar um volume de 1,2 milhão de toneladas à produção de potássio, importante matéria-prima de fertilizantes, da qual o Brasil --uma potência agrícola-- é extremamente dependente de importações.
Segundo Ferreira, os acionistas da Vale não podem ficar sujeitos a incertezas fiscais e, por isso, é importante um acordo. "Estamos dispostos a um acordo que seja viável", disse ele, acrescentando que a empresa vai desmobilizar sua equipe no dia 28 próximo, aguardando uma solução.
O prefeito de Japaratuba, Helio Sobral (PMDB), presente à audiência, disse que o desejo da cidade é que o impasse seja resolvido. "Quem vai ganhar com isso é o povo de Sergipe, de Japaratuba e de Capela", afirmou.
No entanto, o prefeito de Capela, Ezequiel Ferreira (PR), pensa diferente. Ele teme que a cidade fique apenas com os problemas de uma região mineradora, sem obter todas as benesses da instalação da unidade. "Querem transformar Japaratuba numa Camaçari da vida e Capela numa Serra Pelada", afirmou.
O governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), disse que o Estado encontrará uma solução para a divergência de municípios.
A Vale assinou com a Petrobras em 2012 a renovação do contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio em Sergipe. O acerto entre as empresas permite à Vale explorar por mais 30 anos as reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio.
Com o acordo, a Vale, que já tem uma operação na área, esperava prosseguir com o desenvolvimento do projeto.
A Vale estimou, na ocasião do acordo com a Petrobras, que o Projeto Carnalita permitiria ao Brasil economizar cerca de 17 bilhões de dólares em divisas ao longo de 29 anos pela redução das importações da matéria-prima.