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Vale pode investir US$4 bi em expansão de mina em SE

Expansão depende de um acordo com a Petrobras para renovar os direitos de exploração no local

A Vale de Murilo Ferreira acredita que, em setembro, a empresa terá um acordo com a Petrobras (André Valentim/EXAME)

A Vale de Murilo Ferreira acredita que, em setembro, a empresa terá um acordo com a Petrobras (André Valentim/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 13h27.

São Paulo - A Vale poderá investir 4 bilhões de dólares para expandir a mina de potássio em Sergipe se chegar a acordo com a Petrobras para renovar os direitos de exploração da área, afirmou nesta sexta-feira o presidente-executivo da Vale Fertilizantes, Mário Barbosa.

As duas gigantes, que também atuam juntas em alguns blocos petrolíferos no país, negociam há anos um acordo sobre a extensão do arrendamento pela Vale de concessões que a Petrobras tem em Sergipe desde as décadas de 1960/1970 em minas de silvinita e carnalita, minérios que contêm sais de potássio.

"A gente acredita que até setembro tenhamos uma solução para o assunto da carnalita: arrenda, não arrenda, o prazo, etc. Não que tenha assinado algum papel. Estamos convesando com a Petrobras", disse Barbosa a jornalistas.

Segundo o executivo, após fechar o acordo a Vale levaria cerca de quatro anos para aumentar a capacidade de produção das atuais 700 mil toneladas para 2,4 milhões de toneladas por ano.

A primeira concessão negociada entre as duas companhias, em 1991, se referia a uma área onde se encontrava silvinita, Taquari-Vassouras, e que ainda tem vida útil de cinco a seis anos. Para expandir a produção de insumos para fertilizantes, uma preocupação do governo brasileiro, a Vale negocia também uma nova área no mesmo local, Carnalita, para explorar esse mineral.

Segundo Barbosa, quando as minas de Sergipe forem ampliadas e a produção da empresa na Argentina estiver a pleno vapor, a Vale será capaz de suprir até 40 por cento do demanda brasileira por potássio, que segundo o Instituto Brasileiro de Mineração é de 6 milhões de toneladas anuais. Atualmente, a mina de Sergipe é a única fonte de potássio no Brasil e abastece apenas 10 por cento do consumo nacional. O restante é importado.

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