Negócios

Vale e grevistas no Canadá não chegam a acordo

Londres - As negociações entre a Vale e o sindicato United Steelworkers (USW), do Canadá, para encerrar uma greve que já dura cerca de um ano nas operações da companhia em Voisey's Bay foram encerradas com "poucos progressos na direção de um novo acordo coletivo", informou a mineradora brasileira. As conversações mais recentes, que tinham […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Londres - As negociações entre a Vale e o sindicato United Steelworkers (USW), do Canadá, para encerrar uma greve que já dura cerca de um ano nas operações da companhia em Voisey's Bay foram encerradas com "poucos progressos na direção de um novo acordo coletivo", informou a mineradora brasileira.

As conversações mais recentes, que tinham por objetivo encontrar uma solução para a greve iniciada em 1º de agosto de 2009, foram retomadas na segunda-feira, mas terminaram em uma disputa sobre a estrutura de pagamentos de bônus.

A Vale informou em um comunicado na noite de ontem, após o fim das conversações, que o USW rejeitou três propostas da companhia nos últimos 12 meses de negociação. "Nós estamos muito frustrados e extremamente desapontados", disse Tom Paddon, gerente-geral das operações da Vale em Newfoundland e Labrador.

No entanto, o representante do sindicato canadense Boyd Bussey afirmou que a companhia "parece não estar levando a sério as tentativas para se chegar a um acordo" e disse que o sistema proposto para o pagamento de bônus é "inaceitável". "A Vale está oferecendo um sistema de pagamento de bônus inferior ao concedido ao sindicato Sudbury Local 6500 há duas semanas", afirmou Bussey.

Segundo o representante sindical, o sistema em Sudbury é inteiramente baseado em incentivos, enquanto a proposta oferecida ao USW é baseada unicamente nos preços médios do níquel ou na rentabilidade da empresa. Paddon, da Vale, afirmou que o sindicato está mostrando "falta de flexibilidade" e que as operações da companhia continuarão em andamento em Voisey's Bay.

A Vale criou um segundo turno na unidade em Voisey's Bay algumas semanas atrás, usando trabalhadores não sindicalizados. A companhia afirmou no dia 17 que a unidade estava "completamente operacional e alcançando a produção total". O porta-voz da Vale, Cory McPhee, disse que o esforço para fazer com que as operações alcancem a plena capacidade, apesar das negociações sobre a greve em andamento, "não foi concebida para ser uma ameaça". "É somente uma demanda dos negócios", destacou. Nenhuma nova negociação entre a mineradora e o sindicato foi agendada. As informações são da Dow Jones.
 

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasGrevesMineraçãoSiderúrgicasSindicatosVale

Mais de Negócios

Mesbla, Mappin, Arapuã e Jumbo Eletro: o que aconteceu com as grandes lojas que bombaram nos anos 80

O negócio que ele abriu no início da pandemia com R$ 500 fatura R$ 20 milhões em 2024

10 mensagens de Natal para clientes; veja frases

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi