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Vale enfrenta novo protesto por pagamento de PLR

A companhia decidiu não pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2015, algo inédito na história recente da empresa

Vale: a companhia decidiu não pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2015 (Divulgação/Vale)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 11h45.

Rio de Janeiro - Sindicatos de trabalhadores da mineradora Vale têm realizado manifestações crescentes devido à decisão da companhia, maior produtora global de minério de ferro, de não pagar bônus por desempenho referentes a 2015 aos funcionários, pela primeira vez desde pelo menos a privatização, em 1997.

Nesta quarta-feira foi a vez dos trabalhadores da mina de Timbopeba, no Complexo de Mariana, em Minas Gerais. Segundo a Vale, o sindicato local reteve dois ônibus com trabalhadores das 6h30 às 9h, impedindo a entrada de funcionários.

A mineradora afirmou ainda que os empregados já foram liberados e contestou afirmação do sindicato mais cedo de que a produção da mina havia sido paralisada. Segundo a mineradora, a unidade opera normalmente.

A companhia decidiu não pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2015, algo inédito na história recente da empresa, em meio a preços baixos das commodities que afetam os resultados.

"A gente acha que pode influenciar outras minas e outros representantes sindicais (com o protesto). Só uma paralisação nacional vai poder influenciar a decisão da Vale", disse o diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes Valério Vieira, acrescentando que haverá negociação com a Vale na quinta-feira, após protestos em outras unidades da mineradora na terça-feira.

O Sindicato Metabase Inconfidentes representa funcionários da mina de Timbopeba.

A Vale afirmou não saber sobre uma reunião com sindicatos na quinta-feira, quando a companhia deverá publicar os resultados financeiros do quarto trimestre de 2015. Analistas acreditam que o resultado poderá apresentar melhora ante o mesmo período do ano passado, mas ainda será fraco.

A mineradora afirmou ainda na terça-feira que, de acordo com os critérios fixados no atual acordo de PLR, o seu pagamento referente a 2015 não é devido.

"Cabe ressaltar que esses critérios estabelecidos no Acordo de PLR foram aprovados pelos sindicatos e pelos empregados em assembleias conduzidas por esses sindicatos", disse a empresa.

Histórico de movimentos

Na terça-feira, sete minas da companhia e dois terminais rodoviários, nas cidades mineiras de Nova Lima e Itabirito, tiveram seus portões bloqueados por manifestantes para a entrada de funcionários de manhã até o início da tarde, segundo a Vale.

O Sindicato Metabase Belo Horizonte, que representa as minas na região, disse à Reuters que a produção das unidades foi afetada, embora não tenha informado o volume. A Vale ainda não respondeu se confirma o impacto na extração.

As minas impactadas pelo movimento na terça-feira foram Mutuca, Capão Xavier, Tamanduá, Capitão do Mato, Mar Azul, Vargem Grande e Pico.

O Metabase Belo Horizonte diz que a greve foi suspensa temporariamente, aguardando negociações com a Vale.

Em meados de fevereiro, cerca de 1.400 trabalhadores da mina de Moatize, em Moçambique, também entraram em greve devido ao não pagamento de PLR.

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Rio de Janeiro - Sindicatos de trabalhadores da mineradora Vale têm realizado manifestações crescentes devido à decisão da companhia, maior produtora global de minério de ferro, de não pagar bônus por desempenho referentes a 2015 aos funcionários, pela primeira vez desde pelo menos a privatização, em 1997.

Nesta quarta-feira foi a vez dos trabalhadores da mina de Timbopeba, no Complexo de Mariana, em Minas Gerais. Segundo a Vale, o sindicato local reteve dois ônibus com trabalhadores das 6h30 às 9h, impedindo a entrada de funcionários.

A mineradora afirmou ainda que os empregados já foram liberados e contestou afirmação do sindicato mais cedo de que a produção da mina havia sido paralisada. Segundo a mineradora, a unidade opera normalmente.

A companhia decidiu não pagar Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente a 2015, algo inédito na história recente da empresa, em meio a preços baixos das commodities que afetam os resultados.

"A gente acha que pode influenciar outras minas e outros representantes sindicais (com o protesto). Só uma paralisação nacional vai poder influenciar a decisão da Vale", disse o diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes Valério Vieira, acrescentando que haverá negociação com a Vale na quinta-feira, após protestos em outras unidades da mineradora na terça-feira.

O Sindicato Metabase Inconfidentes representa funcionários da mina de Timbopeba.

A Vale afirmou não saber sobre uma reunião com sindicatos na quinta-feira, quando a companhia deverá publicar os resultados financeiros do quarto trimestre de 2015. Analistas acreditam que o resultado poderá apresentar melhora ante o mesmo período do ano passado, mas ainda será fraco.

A mineradora afirmou ainda na terça-feira que, de acordo com os critérios fixados no atual acordo de PLR, o seu pagamento referente a 2015 não é devido.

"Cabe ressaltar que esses critérios estabelecidos no Acordo de PLR foram aprovados pelos sindicatos e pelos empregados em assembleias conduzidas por esses sindicatos", disse a empresa.

Histórico de movimentos

Na terça-feira, sete minas da companhia e dois terminais rodoviários, nas cidades mineiras de Nova Lima e Itabirito, tiveram seus portões bloqueados por manifestantes para a entrada de funcionários de manhã até o início da tarde, segundo a Vale.

O Sindicato Metabase Belo Horizonte, que representa as minas na região, disse à Reuters que a produção das unidades foi afetada, embora não tenha informado o volume. A Vale ainda não respondeu se confirma o impacto na extração.

As minas impactadas pelo movimento na terça-feira foram Mutuca, Capão Xavier, Tamanduá, Capitão do Mato, Mar Azul, Vargem Grande e Pico.

O Metabase Belo Horizonte diz que a greve foi suspensa temporariamente, aguardando negociações com a Vale.

Em meados de fevereiro, cerca de 1.400 trabalhadores da mina de Moatize, em Moçambique, também entraram em greve devido ao não pagamento de PLR.

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