Vale elevará produção de minério em mais de 40% até 2017
Grande parte do volume adicional virá do bilionário projeto localizado na serra sul de Carajás, no Pará
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2012 às 20h50.
Rio de Janeiro - A Vale prevê elevar sua produção de minério de ferro para 460 milhões de toneladas até 2017, crescimento de mais de 40 por cento ante os níveis do ano passado, com grande parte do volume adicional vinda do bilionário projeto localizado na serra sul de Carajás, no Pará.
A previsão foi feita por executivos da Vale em teleconferência de imprensa para comentar a licença ambiental recebida para o projeto, segundo anúncio realizado nesta quarta-feira.
O licenciamento ambiental para o projeto é o primeiro passo para o início da construção, que prevê investimentos totais de 40 bilhões de reais, incluindo gastos de 23,5 bilhões de reais em obras de ferrovia e porto.
"É o maior investimento do setor privado da história do país", disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira, após ter se reunido com a presidente da Dilma Rousseff, para quem o projeto foi detalhado nesta quarta-feira.
O projeto, também o maior da história da Vale, tem investimento estimado 16,5 bilhões de reais para desenvolvimento de mina e usina de processamento, e o início de operações está programado para a segunda metade de 2016.
A capacidade nominal do projeto de Carajás da Vale, a maior produtora global de minério de ferro, é de 90 milhões de toneladas ano.
Na região de Carajás já está a principal mina de minério da Vale, com produção de 109,8 milhões de toneladas em 2011.
A mineradora produziu 322,6 milhões de toneladas de minério de ferro no ano passado.
O passo seguinte no processo de licenciamento ambiental é a obtenção da licença de instalação (LI), o que viabilizará o início das obras de construção da usina. A Vale prevê obter a LI entre seis meses e um ano.
A companhia executará o projeto com recursos próprios e também com todas as suas linhas de financiamentos disponíveis, segundo Ferreira.
As ações da Vale fecharam em queda de 0,23 por cento nesta quarta-feira, menor do que a baixa do Ibovespa (-1,35 por cento), com o mercado vendo o esperado licenciamento como algo positivo para a companhia.
Após a conclusão do projeto de Carajás, a logística na área poderá movimentar 230 milhões de toneladas anuais de minério de ferro.
"Carajás oferece a melhor plataforma de crescimento de minério de ferro no mundo, combinando substancial volume de reservas provadas e prováveis, 4,239 bilhões de toneladas métricas, e baixo custo operacional resultante da alta qualidade do depósito mineral e do eficiente sistema logístico para transporte a longa distância", afirmou a mineradora em nota.
Segundo a companhia, o projeto estabelecerá base para a construção, ao longo do tempo, de novas plataformas de criação de valor, dando sustentação à manutenção no longo prazo da liderança da Vale no mercado global de minério de ferro.
"O minério de ferro de alta qualidade de Carajás apresenta menores custos operacionais e valor em uso superior para a indústria do aço, pois implica em maior produtividade e menor consumo de combustível e emissões de carbono, o que... contribui para a sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva", afirmou a Vale.
Segundo o diretor de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, a qualidade do minério de ferro do projeto será melhor do que a obtida na atual produção da companhia em Carajás, de onde a empresa já extrai um dos melhores minérios do mundo.
Os diretores destacaram na conferência que o projeto combina competitividade de custos na produção de minério com sustentabilidade ambiental.
"É um divisor de água na indústria, é um greenfield com tecnologia inovadora, e os pontos altos do projeto são as tecnologias sustentáveis, nunca houve um projeto desenvolvido com tanta preocupação ambiental. É um projeto com um custo operacional extremamente competitivo...", afirmou Martins.
Quando estiverem operacionais, a mina e a usina do projeto produzirão com economia de 93 por cento e 77 por cento, respectivamente, no consumo de água e combustível (haverá uma esteira para o transporte do minério), possibilitando a redução de 50 por cento na emissão de gases de efeito estufa, quando comparado aos métodos convencionais, segundo a Vale.
Rio de Janeiro - A Vale prevê elevar sua produção de minério de ferro para 460 milhões de toneladas até 2017, crescimento de mais de 40 por cento ante os níveis do ano passado, com grande parte do volume adicional vinda do bilionário projeto localizado na serra sul de Carajás, no Pará.
A previsão foi feita por executivos da Vale em teleconferência de imprensa para comentar a licença ambiental recebida para o projeto, segundo anúncio realizado nesta quarta-feira.
O licenciamento ambiental para o projeto é o primeiro passo para o início da construção, que prevê investimentos totais de 40 bilhões de reais, incluindo gastos de 23,5 bilhões de reais em obras de ferrovia e porto.
"É o maior investimento do setor privado da história do país", disse o presidente da Vale, Murilo Ferreira, após ter se reunido com a presidente da Dilma Rousseff, para quem o projeto foi detalhado nesta quarta-feira.
O projeto, também o maior da história da Vale, tem investimento estimado 16,5 bilhões de reais para desenvolvimento de mina e usina de processamento, e o início de operações está programado para a segunda metade de 2016.
A capacidade nominal do projeto de Carajás da Vale, a maior produtora global de minério de ferro, é de 90 milhões de toneladas ano.
Na região de Carajás já está a principal mina de minério da Vale, com produção de 109,8 milhões de toneladas em 2011.
A mineradora produziu 322,6 milhões de toneladas de minério de ferro no ano passado.
O passo seguinte no processo de licenciamento ambiental é a obtenção da licença de instalação (LI), o que viabilizará o início das obras de construção da usina. A Vale prevê obter a LI entre seis meses e um ano.
A companhia executará o projeto com recursos próprios e também com todas as suas linhas de financiamentos disponíveis, segundo Ferreira.
As ações da Vale fecharam em queda de 0,23 por cento nesta quarta-feira, menor do que a baixa do Ibovespa (-1,35 por cento), com o mercado vendo o esperado licenciamento como algo positivo para a companhia.
Após a conclusão do projeto de Carajás, a logística na área poderá movimentar 230 milhões de toneladas anuais de minério de ferro.
"Carajás oferece a melhor plataforma de crescimento de minério de ferro no mundo, combinando substancial volume de reservas provadas e prováveis, 4,239 bilhões de toneladas métricas, e baixo custo operacional resultante da alta qualidade do depósito mineral e do eficiente sistema logístico para transporte a longa distância", afirmou a mineradora em nota.
Segundo a companhia, o projeto estabelecerá base para a construção, ao longo do tempo, de novas plataformas de criação de valor, dando sustentação à manutenção no longo prazo da liderança da Vale no mercado global de minério de ferro.
"O minério de ferro de alta qualidade de Carajás apresenta menores custos operacionais e valor em uso superior para a indústria do aço, pois implica em maior produtividade e menor consumo de combustível e emissões de carbono, o que... contribui para a sustentabilidade ao longo da cadeia produtiva", afirmou a Vale.
Segundo o diretor de Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins, a qualidade do minério de ferro do projeto será melhor do que a obtida na atual produção da companhia em Carajás, de onde a empresa já extrai um dos melhores minérios do mundo.
Os diretores destacaram na conferência que o projeto combina competitividade de custos na produção de minério com sustentabilidade ambiental.
"É um divisor de água na indústria, é um greenfield com tecnologia inovadora, e os pontos altos do projeto são as tecnologias sustentáveis, nunca houve um projeto desenvolvido com tanta preocupação ambiental. É um projeto com um custo operacional extremamente competitivo...", afirmou Martins.
Quando estiverem operacionais, a mina e a usina do projeto produzirão com economia de 93 por cento e 77 por cento, respectivamente, no consumo de água e combustível (haverá uma esteira para o transporte do minério), possibilitando a redução de 50 por cento na emissão de gases de efeito estufa, quando comparado aos métodos convencionais, segundo a Vale.