Vale e Glencore retomam negociação sobre parceria no Canadá
Discussões ainda estão em um estágio inicial, mas reavivaram esperanças de uma parceria há muito debatida para Sudbury
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2013 às 15h10.
Londres/Toronto - As mineradoras Vale e Glencore Xstrata retomaram negociações sobre uma possível parceria em suas operações de níquel na bacia de Sudbury, no Canadá, em um esforço para cortar custos em meio à retração dos preços do metal, disseram fontes com conhecimento sobre a situação.
As discussões ainda estão em um estágio inicial, mas reavivaram esperanças de uma parceria há muito debatida para Sudbury, com as empresas considerando uma série de opções para a suas operações de mineração e processamento na área, disseram as fontes.
Dependendo dos detalhes de um possível acordo, várias das fontes disseram que uma parceria pode significar uma economia substancial para os dois pesos-pesados da mineração, caso todas ou parte de suas operações de mineração, moagem e até fundição sejam unidas.
Em 2006, uma proposta de fusão entre a Falconbridge e a Inco --então players em Sudbury, depois assumida pela Xstrata e pela Vale, respectivamente-- esperava uma economia anual de custo e sinergias da ordem de 550 milhões de dólares.
As fontes disseram que as negociações recomeçaram após a Glencore completar sua aquisição da Xstrata no início deste ano. As discussões já progrediram em meio a um cenário redução do preço do nível de cerca de um quinto desde janeiro para mínimas em 4 anos, pressionados por um excesso de oferta.
"Há valor material a ser criado, mas algumas decisões difíceis têm de ser tomadas", disse uma das fontes.
Glencore Xstrata e Vale --cujo atual presidente-executivo Murilo Ferreira liderou a Vale Inco, mais tarde Vale Canada, após a aquisição de 2006-- declinaram comentar.
As duas principais operadoras em Sudbury já travaram negociações sobre unir suas forças em mais de uma ocasião, tanto como Inco e Falconbridge e mais tarde como Vale e Xstrata. Analistas há muito têm dito que uma parceria faria sentido para as duas operadoras explorando mineralmente a formação de 60 km de comprimento e forma oval conhecida como bacia de Sudbury.
Mas as fontes disseram que um mercado de níquel difícil, a pressão sobre a Vale em relação às dificuldades na sua mina de níquel e cobalto de Goro na Nova Caledônia e em outros lugares, fazem com que um negócio seja mais provável agora do que no passado. Da mesma forma, os problemas da divisão de níquel da Vale podem revelar-se uma distração, disseram eles.
No entanto, esforços de cooperação menores e bem sucedidos nos últimos anos, como na mina Fraser da Xstrata, também podem ajudar.
Sob tal acordo de 2011, a Xstrata usou a infraestrutura de sua mina Fraser para extrair principalmente minério de cobre de um depósito de minério da Vale, acessível pela mina da Xstrata --um projeto com uma vida útil de 10 anos que também aumentou a ventilação de ar fresco, o que melhorou as condições de trabalho dos empregados da Vale.
Londres/Toronto - As mineradoras Vale e Glencore Xstrata retomaram negociações sobre uma possível parceria em suas operações de níquel na bacia de Sudbury, no Canadá, em um esforço para cortar custos em meio à retração dos preços do metal, disseram fontes com conhecimento sobre a situação.
As discussões ainda estão em um estágio inicial, mas reavivaram esperanças de uma parceria há muito debatida para Sudbury, com as empresas considerando uma série de opções para a suas operações de mineração e processamento na área, disseram as fontes.
Dependendo dos detalhes de um possível acordo, várias das fontes disseram que uma parceria pode significar uma economia substancial para os dois pesos-pesados da mineração, caso todas ou parte de suas operações de mineração, moagem e até fundição sejam unidas.
Em 2006, uma proposta de fusão entre a Falconbridge e a Inco --então players em Sudbury, depois assumida pela Xstrata e pela Vale, respectivamente-- esperava uma economia anual de custo e sinergias da ordem de 550 milhões de dólares.
As fontes disseram que as negociações recomeçaram após a Glencore completar sua aquisição da Xstrata no início deste ano. As discussões já progrediram em meio a um cenário redução do preço do nível de cerca de um quinto desde janeiro para mínimas em 4 anos, pressionados por um excesso de oferta.
"Há valor material a ser criado, mas algumas decisões difíceis têm de ser tomadas", disse uma das fontes.
Glencore Xstrata e Vale --cujo atual presidente-executivo Murilo Ferreira liderou a Vale Inco, mais tarde Vale Canada, após a aquisição de 2006-- declinaram comentar.
As duas principais operadoras em Sudbury já travaram negociações sobre unir suas forças em mais de uma ocasião, tanto como Inco e Falconbridge e mais tarde como Vale e Xstrata. Analistas há muito têm dito que uma parceria faria sentido para as duas operadoras explorando mineralmente a formação de 60 km de comprimento e forma oval conhecida como bacia de Sudbury.
Mas as fontes disseram que um mercado de níquel difícil, a pressão sobre a Vale em relação às dificuldades na sua mina de níquel e cobalto de Goro na Nova Caledônia e em outros lugares, fazem com que um negócio seja mais provável agora do que no passado. Da mesma forma, os problemas da divisão de níquel da Vale podem revelar-se uma distração, disseram eles.
No entanto, esforços de cooperação menores e bem sucedidos nos últimos anos, como na mina Fraser da Xstrata, também podem ajudar.
Sob tal acordo de 2011, a Xstrata usou a infraestrutura de sua mina Fraser para extrair principalmente minério de cobre de um depósito de minério da Vale, acessível pela mina da Xstrata --um projeto com uma vida útil de 10 anos que também aumentou a ventilação de ar fresco, o que melhorou as condições de trabalho dos empregados da Vale.