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Vale deve distribuir dividendos de pelo menos 25% sobre lucro

Assim afirmou o diretor de Relações com Investidores da empresa, André Figueiredo, em evento no Rio de Janeiro

Vale: "Ano passado, a Vale provavelmente teve lucro e a gente é obrigado a distribuir pelo menos 25%" (Pilar Olivares/Reuters)

Vale: "Ano passado, a Vale provavelmente teve lucro e a gente é obrigado a distribuir pelo menos 25%" (Pilar Olivares/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 17h15.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2017 às 18h56.

Rio de Janeiro - A mineradora brasileira Vale provavelmente fechou 2016 com lucro e, por isso, deverá pagar dividendos de pelo menos 25 por cento do resultado líquido, afirmou o diretor de Relações com Investidores da empresa, André Figueiredo, a jornalistas, em evento no Rio de Janeiro.

"Ano passado, a Vale provavelmente teve lucro e a gente é obrigado a distribuir pelo menos 25 por cento... não está decidido exatamente qual o percentual, mas temos essa obrigação e o faremos", afirmou Figueiredo, após apresentar uma palestra a investidores e analistas de mercado.

A empresa, segundo o executivo, é obrigada a pagar o percentual de 25 por cento toda vez que tem resultado positivo, mas o montante final pago aos acionistas depende de decisão no Conselho de Administração.

Figueiredo destacou que, no ano passado, a mineradora antecipou 250 milhões de dólares em dividendos, com base nos resultados da empresa nos primeiros nove meses e também em projeções. Caso seja apurado um lucro em 2016, a empresa terá que completar, frisou.

A partir de 2018, Figueiredo considera que poderá haver um aumento do nível de pagamento de dividendos, dependendo dos resultados alcançados ao longo deste ano.

Segundo o executivo, 2017 será um ano focado na redução de dívidas, por meio de geração de caixa e desinvestimentos.

A Vale anunciou a venda de 3,8 bilhões de dólares em ativos não essenciais em 2016, sendo que a venda dos ativos de fertilizantes, para a Mosaic, depende ainda da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que deverá dar o seu parecer em algum momento neste ano, segundo o diretor.

Além dos recursos desta venda, a Vale também poderá concluir o negócio com a Mitsui em Moçambique que, segundo Figueiredo, está mais perto do que nunca da assinatura.

Além disso, também podem ser anunciadas novas vendas de navios, explicou.

A venda de ativos essenciais, o chamado "core business", não é mais considerada pela empresa, diante de uma recuperação dos preços do minério de ferro, entre outros fatores.

Preço do minério de ferro

O executivo afirmou que o aumento recente do preço do minério de ferro é resultado de uma demanda física robusta da China e acrescentou que a empresa está mais otimista que o mercado em relação a preços do minério de ferro para este ano.

"Nós estamos mais otimistas em relação ao preço de minério de ferro do que talvez o consenso de mercado", disse o executivo, evitando apontar qual o nível considerado do consenso e qual exatamente o valor estimado pela empresa, maior produtora global da commodity.

"Esse movimento de alta de preços é real e não é derivado de especulação de mercado futuro, é derivado de produtos da Vale e dos nossos competidores."

O preço do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian subiu 17,4 por cento entre 3 e 26 de janeiro, último dia antes do período de feriados do Ano Novo Lunar, para 646,5 iuanes por tonelada.

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