Negócios

Vale confirma interesse em participar de Belo Monte

Vale ocuparia a vaga da Gaia Energia, do Grupo Bertin, que deixou o consórcio da hidrelétrica neste mês

Rio Xingu, onde será erguida a usina de Belo Monte: a Vale estuda entrar no projeto (VEJA)

Rio Xingu, onde será erguida a usina de Belo Monte: a Vale estuda entrar no projeto (VEJA)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de fevereiro de 2011 às 16h19.

São Paulo - A Vale confirmou nesta sexta-feira (25/2) que analisa a possibilidade de participar do consórcio Norte Energia, responsável pela construção e operação da usina de Belo Monte, no rio Xingu. Em 16 de fevereiro, a Gaia Energia anunciou sua saída do consórcio, que é liderado pela estatal Eletrobrás.

"Estamos fazendo uma avaliação técnico-econômica", disse Eduardo letschan diretor executivo de exploração mineral, energia e implementação de projetos, em encontro com jornalistas. Esse processo demora cerca de duas semanas, segundo o executivo. "Temos interesse em participar desde que haja atratividade técnico-econômica", disse.

Se a Vale entrar no consórcio, caberá à mineradora o papel de autoprodutor - o mesmo que o Grupo Bertin desempenharia. Nesse papel, a Vale precisaria garantir o consumo de parte da energia gerada pela hidrelétrica. A Gaia Energia, do Bertin, possuía cerca de 9% de participação no consórcio.

Segundo o mercado, a Gaia vinha encontrando dificuldades para aportar as garantias exigidas para a sua participação no empreendimento - algo próximo a 2 bilhões de reais. O Bertin nega que o consórcio tenha cobrado garantias, e que sua saída se relacione à falta de capacidade de apresentá-las. Segundo o Bertin, abrir mão de Belo Monte foi uma decisão estratégica, que permitirá ao grupo focar a construção das sete termelétricas que faltam ser entregues, do pacote de nove usinas que conquistou em leilão em 2008.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasIndústriaMineraçãoRoger AgnelliSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Polishop pede recuperação judicial com dívida de R$ 352 milhões

Na startup Carefy, o lucro veio quando a empresa resolveu focar na operação — e não na captação

Liderança sustentável: qual é papel do líder na construção de um futuro responsável?

“É fundamental que as empresas continuem operando no RS”, diz presidente da Tramontina

Mais na Exame