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Usina Coruripe renegocia R$ 1,9 bilhão em dívidas

Usina Coruripe deve concluir acordo com 11 bancos para renegociar R$ 1,9 bilhão em dívidas, que representam 85% do total dos débitos

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	Usina Coruripe: pré-acordo prevê que vencimento das dívidas seja alongado para 7 anos, com 30 meses de carência
 (Divulgação)

Usina Coruripe: pré-acordo prevê que vencimento das dívidas seja alongado para 7 anos, com 30 meses de carência (Divulgação)

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Mônica Scaramuzzo

Publicado em 8 de junho de 2016 às, 11h18.

São Paulo - A Usina Coruripe, dona de cinco unidades produtoras de açúcar e álcool com capacidade para moer 14,2 milhões de toneladas de cana, deve concluir no dia 17 acordo com 11 bancos para reestruturar R$ 1,9 bilhão em dívidas, que representam 85% do total de seus débitos.

Um pré-acordo foi fechado na sexta-feira passada, prevendo que o vencimento dessas dívidas datadas para 2016, 2017 e 2018 seja alongado para sete anos, com 30 meses de carência.

Com risco de ter de entrar com pedido de recuperação judicial, o grupo Coruripe, que teve origem em Alagoas e se expandiu para Minas Gerais, onde possui quatro usinas, começou a renegociar suas dívidas em outubro do ano passado.

O banco americano Moelis e o escritório Souza Cescon assessoraram a companhia nessa operação.

Entre os bancos que participaram da renegociação estão Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Rabobank, ABN, Citibank, Votorantim, HSBC, Metlife, ABC e Santander. Bradesco e HSBC são os que detêm maior parte do débito, segundo fontes ouvidas pelo Estado.

Segundo as mesmas fontes, o grupo deu terras, fazendas e outras propriedades como garantia para fechar essa reestruturação.

Ficaram de fora desse acordo de renegociação o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o BNDES e o Banco do Nordeste, informou ao jornal O Estado de S. Paulo o presidente do grupo, Jucelino Sousa.

O executivo chegou à companhia há três anos para implantar o processo de profissionalização do grupo. "As dívidas foram aumentando com o câmbio e agravadas pela atual situação do País", disse. As dívidas, segundo ele, foram contraídas nos últimos anos para promover o processo de expansão da companhia.

A companhia encerrou a safra 2015/16 com faturamento bruto de R$ 1,6 bilhão. Segundo Sousa, o grupo deve totalizar 14,5 milhões de toneladas de cana moída no próximo ciclo.

Crise

Desde a safra 2008/09, boa parte das usinas do setor enfrenta sérias dificuldades financeiras. Endividadas, muitas companhias mudaram de mãos e outras em recuperação judicial.

Entre as 450 usinas do País, 80 hoje estão paradas. Destas, cerca de 70 em recuperação judicial. O setor, que registrou uma receita de R$ 87 bilhões na safra passada, a 2015/16, soma dívidas financeiras de cerca de R$ 100 bilhões.

A expectativa para o atual ciclo, 2016/17, é de recuperação dos preços internacionais do açúcar. A alta do dólar e a melhor competitividade do etanol em relação à gasolina deverão impulsionar parte do setor.

Fontes do setor de açúcar e álcool estimam que as atuais usinas em operação no País devem processar um total de 650 milhões de toneladas de cana nesta safra, a maior parte na chamada região Centro-Sul (Sudeste e Centro-Oeste do País).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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