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Usiminas aumenta o foco no mercado interno para melhorar margem

Empresa pretende vender 90% da sua produção no país – média era de 75%

Usiminas: a empresa planeja ser auto-suficiente em energia até 2015 (Domingos Peixoto/EXAME)

Usiminas: a empresa planeja ser auto-suficiente em energia até 2015 (Domingos Peixoto/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 18h31.

São Paulo – Uma das medidas que a Usiminas vai adotar para driblar a pressão dos preços de matérias primas e desvalorização do dólar frente ao real será o foco no mercado interno. O objetivo é exportar cerca de 10% da produção a partir de maio. Isso representa um reforço da estratégia da Usiminas em se concentrar no Brasil, já que, em fevereiro, a empresa havia anunciado que destinaria entre  20% e 25% da sua produção para as exportações.

“Em função de toda a situação macroeconômica, com dólar desvalorizado, moeda local supervalorizada, pressão de custos de matéria prima, seremos mais focados no mercado interno”, afirmou Wilson Brumer, presidente da Usiminas, em teleconferência de resultados da empresa realizada hoje (28/4). A empresa também prevê um corte de custos – de 10% - até o final do ano.

A empresa encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de 16 milhões de reais. O valor é 96% inferior ao obtido no mesmo período de 2010. Os resultados foram afetados pela continuidade da pressão dos custos das principais matérias primas e pelo câmbio desfavorável - que incentiva a competição dos produtos importados - segundo a empresa. Além do impacto da venda da participação da Usiminas na Ternium.
 
Planos

A empresa planeja ser autossuficiente em energia em 2015. Ainda não há um valor exato de quanto será investido nesse projeto, mas a empresa calcula que terá um retorno de 15% sobre os investimentos que terá que fazer em energia.

A empresa busca a autossuficiência em coque daqui a dois ou três anos. Em 2010, a companhia completou uma coqueria e, em 2011, ela iniciou a reforma de uma nova coqueria – quando ela estiver pronta haverá a auto-suficiência em coque, segundo a Usiminas.

O carvão também é importante na composição de custo de uma siderúrgica, mas seria uma decisão “não muito fácil” comprar participação em uma mina de carvão ou levantar um projeto, segundo a Usiminas.

Além dos planos de autossuficiência, a Usiminas prevê a implantação de uma planta de pelotização em Minas Gerais. O investimento estimado é de 900 a 950 milhões de dólares.

A Usiminas mantém uma expectativa de que o Brasil tenha mais investimentos em infraestrutura – em decorrência, inclusive, da Copa do Mundo e das Olimpíadas. “Vemos um mercado de consumo de aços planos no Brasil com expectativa positiva”, disse Brumer.

 

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